BC não descarta novas medidas cambiais, diz deputado
Alexandre Tombini tomou café da manhã com deputados e avisou que o BC pode tomar novas medidas para conter a a volatilidade do câmbio
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2011 às 15h39.
Brasília - Em café da manhã com deputados da Comissão de Finanças e Tributação (CFT), o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o BC está focado no combate à inflação e atento ao ingresso de capital especulativo no País e "disposto a tomar novas medidas" para conter a volatilidade do câmbio, conforme relatou o presidente da comissão, deputado Cláudio Puty (PT-PA). Tombini fez uma exposição aos parlamentares sobre a conjuntura macroeconômica, defendendo as recentes ações do BC para controlar a entrada de capitais, como a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre compras e empréstimos no exterior.
Ainda segundo o deputado Cláudio Puty, a autoridade monetária ressalvou que a economia brasileira tem apresentado média de crescimento acima dos países europeus e que, para ilustrar, lembrou que a inflação na França atingiu 6,5%, com taxa de juros fixada em 1% ao ano. Tombini reafirmou aos parlamentares que o BC vai trabalhar com expectativa de crescimento da economia de 4% neste ano.
No encontro, o presidente do Banco Central deu explicações também sobre a compra do banco Panamericano, resgatado com recursos da Caixa Econômica Federal. A oposição protocolou requerimentos de convites aos presidentes do BC e da Caixa e ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, para prestarem esclarecimentos aos parlamentares sobre o negócio envolvendo recursos públicos. O deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) é autor do requerimento na Comissão de Finanças. No Senado, a iniciativa coube ao senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
O presidente da Comissão de Finanças e Tributação afirmou à Agência Estado que considerou satisfatórios os esclarecimentos de Tombini sobre a negociação. Segundo o deputado, Tombini explicou que o BC atuou para evitar o "contágio do sistema financeiro" após o anúncio do rombo no Panamericano, que veio à tona em novembro, exercendo sua função de órgão regulador. Diante das explicações, Puty disse que vai sugerir ao colegiado que aguarde o desfecho da operação para convidar Tombini a comparecer à comissão.
Segundo Puty, foi uma visita de cortesia antes do início das reuniões de trabalho com a diretoria do Banco Central. A primeira reunião formal com diretores da instituição deve ocorrer em duas semanas, na sala da presidência da comissão.
Participaram do café da manhã com Tombini os deputados Cláudio Puty (PT-PA), Luciano Moreira (PMDB-MA), Rui Costa (PT-BA), Rui Palmeira (PSDB-AL), Jerônimo Goergen (PP-RS), José Humberto (PHS-MG) e Guilherme Campos (SP), do DEM, mas que está de malas prontas para o PSD de Gilberto Kassab.
Único representante da oposição no encontro com Tombini, o deputado Rui Palmeira foi sucinto. Segundo ele, o encontro com a autoridade monetária foi mera "visita de cortesia". Ele disse que não fez perguntas mais incisivas sobre a política cambial porque "não era o foro nem o momento adequados".
Brasília - Em café da manhã com deputados da Comissão de Finanças e Tributação (CFT), o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o BC está focado no combate à inflação e atento ao ingresso de capital especulativo no País e "disposto a tomar novas medidas" para conter a volatilidade do câmbio, conforme relatou o presidente da comissão, deputado Cláudio Puty (PT-PA). Tombini fez uma exposição aos parlamentares sobre a conjuntura macroeconômica, defendendo as recentes ações do BC para controlar a entrada de capitais, como a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre compras e empréstimos no exterior.
Ainda segundo o deputado Cláudio Puty, a autoridade monetária ressalvou que a economia brasileira tem apresentado média de crescimento acima dos países europeus e que, para ilustrar, lembrou que a inflação na França atingiu 6,5%, com taxa de juros fixada em 1% ao ano. Tombini reafirmou aos parlamentares que o BC vai trabalhar com expectativa de crescimento da economia de 4% neste ano.
No encontro, o presidente do Banco Central deu explicações também sobre a compra do banco Panamericano, resgatado com recursos da Caixa Econômica Federal. A oposição protocolou requerimentos de convites aos presidentes do BC e da Caixa e ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, para prestarem esclarecimentos aos parlamentares sobre o negócio envolvendo recursos públicos. O deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) é autor do requerimento na Comissão de Finanças. No Senado, a iniciativa coube ao senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
O presidente da Comissão de Finanças e Tributação afirmou à Agência Estado que considerou satisfatórios os esclarecimentos de Tombini sobre a negociação. Segundo o deputado, Tombini explicou que o BC atuou para evitar o "contágio do sistema financeiro" após o anúncio do rombo no Panamericano, que veio à tona em novembro, exercendo sua função de órgão regulador. Diante das explicações, Puty disse que vai sugerir ao colegiado que aguarde o desfecho da operação para convidar Tombini a comparecer à comissão.
Segundo Puty, foi uma visita de cortesia antes do início das reuniões de trabalho com a diretoria do Banco Central. A primeira reunião formal com diretores da instituição deve ocorrer em duas semanas, na sala da presidência da comissão.
Participaram do café da manhã com Tombini os deputados Cláudio Puty (PT-PA), Luciano Moreira (PMDB-MA), Rui Costa (PT-BA), Rui Palmeira (PSDB-AL), Jerônimo Goergen (PP-RS), José Humberto (PHS-MG) e Guilherme Campos (SP), do DEM, mas que está de malas prontas para o PSD de Gilberto Kassab.
Único representante da oposição no encontro com Tombini, o deputado Rui Palmeira foi sucinto. Segundo ele, o encontro com a autoridade monetária foi mera "visita de cortesia". Ele disse que não fez perguntas mais incisivas sobre a política cambial porque "não era o foro nem o momento adequados".