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Base enfrenta dificuldades para votar projetos simples na Câmara

Desde terça-feira (27) a oposição se mobilizou para obstruir os trabalhos e usou a tribuna para pedir a saída de Michel Temer da presidência da República

Câmara: não há mais sessões deliberativas marcadas para esta semana (José Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)

Câmara: não há mais sessões deliberativas marcadas para esta semana (José Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de junho de 2017 às 16h02.

Brasília - Na semana em que foi oferecida a denúncia contra o presidente Michel Temer, a base aliada apresentou dificuldades para avançar com a votação de matérias simples na Câmara.

Desde terça-feira, 27, a oposição se mobilizou para obstruir os trabalhos e usou a tribuna para pedir a saída do peemedebista da Presidência.

Com um plenário esvaziado, no dia que costuma ser o mais movimentado da Câmara, a ordem do dia foi encerrada nesta quarta-feira, 28, antes das 15h, sem que o governo conseguisse aprovar uma Medida Provisória que prorroga benefícios para construção de cinemas.

A oposição era a favor da MP, mas não aceitou acordo com a base e usou todos os mecanismos do regimento para impedir a votação.

Na terça-feira, a sessão no plenário entrou madrugada adentro para concluir o debate sobre uma Medida Provisória que definia novas regras sobre regularização fundiária rural e urbana.

A matéria já tinha sido enviada à sanção presidencial, mas teve que voltar a ser discutida pela Câmara após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.

Não há mais sessões deliberativas marcadas para esta semana. Líderes da base minimizaram as dificuldades em avançar com a pauta legislativa.

Segundo eles, o esforço agora será concentrado para derrubar a denúncia apresentada contra Temer.

Para o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), a desmobilização da base se deve ao fato de que muitos deputados já viajaram para não perderem a festa de São Pedro, comemorada na quinta-feira, 29.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a abrir os trabalhos da sessão por volta do meio dia e circulou pelo plenário para conversar com os deputados. Ele, no entanto, ainda não se pronunciou formalmente sobre a denúncia.

Um dos poucos a defender Temer da tribuna, o líder do PMDB, Baleia Rossi (PMDB-SP), citou trechos do editorial do jornal O Estado de S. Paulo publicado nesta quarta-feira, 28, que defende que a denúncia contra o presidente é 'inepta" e que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive o processo.

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