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Barra Funda tem movimento tranquilo apesar da greve

Movimento no Terminal da Barra Funda era tranquilo, apesar de as catracas de acesso ao metrô estarem fechadas por causa da paralisação dos metroviários


	Estação Barra Funda: maioria das pessoas que circulavam era de usuários da CPTM 
 (Nacho Doce/Reuters)

Estação Barra Funda: maioria das pessoas que circulavam era de usuários da CPTM  (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2014 às 13h31.

São Paulo - O movimento de passageiros no Terminal Rodoviário da Barra Funda era tranquilo na manhã de hoje (5), apesar de as catracas de acesso ao metrô estarem fechadas por causa da paralisação dos metroviários.

Nesse terminal, muitas pessoas fazem a interligação entre os trens da Linha 3-Vermelha do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), além dos ônibus que fazem viagens de longas distâncias para mais de 500 municípios de seis estados e para a cidade boliviana de Porto Soares.

Segundo a Socicam, empresa que administra os terminais rodoviários da cidade, a paralisação do metrô não criou nenhuma situação anormal na demanda de viagens rodoviárias.

A maioria das pessoas que circulavam no saguão era de usuários da CPTM em operação normal no dia de hoje.

Algumas delas, ouvidas pela Agência Brasil, avaliaram que o local estava um pouco mais vazio do que costuma ocorrer.

Entre os usuários, no entanto, estavam trabalhadores pegos de surpresa pela greve e sem saber o rumo a tomar para chegar ao local de trabalho.

“Só soube da greve hoje e saí de casa, em Jandira [município no oeste da Grande São Paulo] às 4h30, e só consegui chegar aqui na Barra Funda por volta das 9h, porque não conseguia entrar na composição. Tive que ficar esperando um trem menos cheio e, mesmo assim, vim espremido”, relatou o escrevente de cartório Donizete Pereira, de 27 anos.

Já a vendedora de uma loja de roupas residente próxima à estação, Renata Iza, de 23 anos, falava ao celular com o marido, que a ajudava a buscar uma opção para chegar à Rua Oscar Freire, na região da Avenida Paulista.

A atriz autônoma Joana Fernandes, de 27 anos, disse não ter sentido prejudicada porque conseguiu uma alternativa para sair de Engenheiro Goulart, na zona leste, e chegar ao terminal por meio da linha da CPTM.

“Eles [CPTM] estavam superorganizados e eu não enfrentei problema algum”, apontou ela.

Segundo o Metrô, a Linha 3-Vermelha estava operando parcialmente entre as estações Bresser, na zona leste, e Santa Cecília, na zona oeste.

Além dela, o funcionamento estava parcial nas linhas 1-Azul, que liga as regiões norte e sul, e Linha 2-Verde, no ramal entre as zonas oeste e sul, passando pela Avenida Paulista.

Duas das cinco linhas tinham operação plena: a Linha 4-Amarela, operada pelo setor privado, na ligação entre a região central, na Estação da Luz, até a zona sul, e a Linha 5-Lilás que serve à população dos bairros da zona sul.

Os metroviários reivindicam aumento salarial de 16%, ante uma oferta patronal de 8,7%.

Por determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a categoria deveria manter o funcionamento desse meio de transporte em 100% no horário de rush (das 6h às 9h e das 16 às 19h) e de 70% nos demais horários, sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$ 100 mil.

A decisão do TRT prevê que, se ela for descumprida, a penalidade será aplicada ao sindicato que representa os metroviários.

O cumprimento da determinação será debatido em assembleia dos trabalhadores, às 17h. Um pouco antes, às 15h, haverá audiência de conciliação no TRT.

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