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Bancários fazem manifestação em frente ao Banco Central

Ao mesmo tempo, atos ocorrem em frente às filiais do BC no Rio de Janeiro, em Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e na sede em Brasília


	Prédio do Banco Central em São Paulo: bancários fazem protesto contra a independência a instituição
 (Divulgação/Banco Central)

Prédio do Banco Central em São Paulo: bancários fazem protesto contra a independência a instituição (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 17h45.

São Paulo - Os bancários fazem, na tarde de hoje (2), uma ato em frente ao prédio do Banco Central (BC), na Avenida Paulista, região central de São Paulo, contra a independência do BC.

Ao mesmo tempo, atos ocorrem em frente às filiais do BC no Rio de Janeiro, em Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e na sede em Brasília.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, a categoria é contra a independência do BC, porque isso significaria entregar decisões importantes como a inflação, moeda e taxa de juros ao mercado e aos bancos. “Questões que têm grande impacto no emprego e na vida da população e não podem estar nas mãos de apenas um setor da sociedade”, disse.

Os bancários entraram ontem (1º) em greve e segundo o balanço divulgado pelo sindicato, 571 locais de trabalho (sendo 12 centros administrativos, duas contingências e 557 agências) fecharam hoje. A estimativa é que cerca de 35 mil trabalhadores participam das paralisações. Durante todo o período de greve, o autoatendimento continua funcionando normalmente.

“A paralisação ganhou a adesão de um importante setor estratégico que é o call center. A greve só vai acabar quando os bancos apresentarem uma proposta que contemple aumento real, valorização nos pisos e soluções para questões de saúde e condições de trabalho. Aguardamos uma resposta da Fenaban”, explicou.

A categoria esteve reunida com a Federação Nacional do Bancos (Fenaban) por oito vezes, mas não chegou a um acordo. Os bancários reivindicam índice de 12,5% (aumento real de 5,8%) e os bancos propõem 7,35% (ganho real de 0,94%).

A Febraban não soube informar se há outra reunião agendada e informou que a população tem a disposição uma série de canais alternativos para transações financeiras. “Os bancos oferecem aos clientes opções como os caixas eletrônicos, a internet banking, o aplicativo do banco no celular [mobile banking], operações bancárias por telefone e também pelos correspondentes, que são casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados”, ressaltou a entidade.

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