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Bancada do PSOL pede afastamento de Eduardo Cunha

Nota diz ser "inaceitável que se confundam denúncias feitas contra Eduardo Cunha e Renan Calheiros como um 'ataque ao Congresso Nacional'"

Eduardo Cunha: o presidente da Câmara tem se dito vítima de uma retaliação do governo e acusado o Planalto de interferir no poder Legislativo (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2015 às 18h46.

São Paulo - A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados emitiu hoje uma nota em que pede que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se afaste da presidência da Casa.

Intitulada "Eduardo Cunha deve se afastar", a nota diz ser "inaceitável que se confundam denúncias feitas contra Eduardo Cunha e Renan Calheiros (presidente do Senado) como um 'ataque ao Congresso Nacional'".

Desde ontem, quando vazou a delação do lobista Julio Camargo na operação Lava Jato, segundo a qual Cunha teria pedido propina de US$ 5 milhões referentes a contratos de navios-sonda da Petrobras, o presidente da Câmara tem se dito vítima de uma retaliação do governo e acusado o Planalto de interferir no poder Legislativo.

Hoje, o peemedebista chamou uma coletiva para anunciar sua ruptura individual com o governo Dilma e disse que trabalhará para que o PMDB também desembarque do governo.

"Cada parlamentar e seu partido têm que responder pelas acusações que eventualmente sofram. Eduardo Cunha não tem direito de confundir suas posições e ódios com a função que ocupa institucionalmente de presidente da Câmara dos Deputados", diz a nota do PSOL.

"A confusão deliberada que Cunha produz, à guisa de defesa, evidencia sua incompatibilidade entre a função de presidente da Casa, que exige equilíbrio e postura de magistrado, e a condição de investigado na Operação Lava Jato", prossegue o texto.

Na nota, a bancada do PSOL diz que "não havendo expectativas no gesto de grandeza que seria ele próprio licenciar-se temporariamente", os parlamentares do partido seguirão fazendo essa cobrança.

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Desde ontem, quando vazou a delação do lobista Julio Camargo na operação Lava Jato, segundo a qual Cunha teria pedido propina de US$ 5 milhões referentes a contratos de navios-sonda da Petrobras, o presidente da Câmara tem se dito vítima de uma retaliação do governo e acusado o Planalto de interferir no poder Legislativo.

Hoje, o peemedebista chamou uma coletiva para anunciar sua ruptura individual com o governo Dilma e disse que trabalhará para que o PMDB também desembarque do governo.

"Cada parlamentar e seu partido têm que responder pelas acusações que eventualmente sofram. Eduardo Cunha não tem direito de confundir suas posições e ódios com a função que ocupa institucionalmente de presidente da Câmara dos Deputados", diz a nota do PSOL.

"A confusão deliberada que Cunha produz, à guisa de defesa, evidencia sua incompatibilidade entre a função de presidente da Casa, que exige equilíbrio e postura de magistrado, e a condição de investigado na Operação Lava Jato", prossegue o texto.

Na nota, a bancada do PSOL diz que "não havendo expectativas no gesto de grandeza que seria ele próprio licenciar-se temporariamente", os parlamentares do partido seguirão fazendo essa cobrança.

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