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Bancada do PMDB decide não participar de reforma ministerial

Bancada abriu mão de indicar nomes para o gabinete da presidente em uma clara demonstração da insatisfação com os rumos da reforma


	Dilma Rousseff: reação ocorreu depois que a presidente disse que o PMDB não ampliaria seu espaço na Esplanada dos Ministérios
 (EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

Dilma Rousseff: reação ocorreu depois que a presidente disse que o PMDB não ampliaria seu espaço na Esplanada dos Ministérios (EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 18h23.

Brasília - A bancada do PMDB na Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira abrir mão de indicar nomes para o gabinete da presidente Dilma Rousseff, em uma clara demonstração da insatisfação do partido com os rumos da reforma ministerial.

A decisão não implica um rompimento com o governo "independentemente da ocupação de qualquer cargo, em função da responsabilidade que temos para com o país, principalmente em relação ao desempenho da economia", segundo uma nota aprovada por unanimidade pelos deputados peemedebistas.

A reação ocorreu depois que a presidente disse em uma reunião na segunda-feira com o vice-presidente, Michel Temer, que o partido não ampliaria seu espaço na Esplanada dos Ministérios, disse à Reuters uma fonte do Palácio do Planalto.

Dilma teria sugerido ainda que a bancada na Câmara teria que abrir mão de uma de suas indicações para que o senador Eunício Oliveira (CE) ocupe a pasta da Integração Nacional, segundo a fonte.

O pedido de Dilma irritou ainda mais os deputados, que viram neste movimento uma manobra para atender aos interesses do PT no Ceará, que quer Oliveira fora da disputa para construir uma aliança com o nome indicado pelo governador cearense, Cid Gomes.

Atualmente, o PMDB comanda os ministérios da Previdência, da Aviação Civil, de Minas e Energia, do Turismo e da Agricultura, esses dois últimos com indicações dos deputados.

"A razão desta decisão deve-se a disputas políticas públicas por cargos, em que preferimos deixar a presidente à vontade para contemplar outros partidos em função das suas conveniências políticas e/ou eleitorais", segundo a nota.

A relação de Dilma com o PMDB, seu maior aliado no Congresso, nunca foi tranquila, mas ficou ainda pior com os deputados depois que Eduardo Cunha (RJ) assumiu a liderança da bancada e sempre dificultou as negociações em projetos do governo.

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