Balanço da Petrobras é episódio de má gestão, diz Aécio
Segundo o presidente nacional do PSDB, ao contrário do que defendem governistas, "não há nada para comemorar"
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2015 às 06h55.
Brasília - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), divulgou há pouco nota em que diz que os dados divulgados pelo balanço da Petrobras mostram "mais um capítulo de um filme de má gestão e corrupção" e que, ao contrário do que defendem governistas, "não há nada para comemorar".
O tucano afirmou que, em pouco mais de uma década, o governo do PT conseguiu "manchar anos de eficiência da estatal", que há poucos anos era a maior da América Latina e uma das empresas mais eficientes do mundo no seu setor.
"Não há nada para comemorar em relação aos dados publicados hoje. A empresa registrou um prejuízo de R$ 21,58 bilhões, em 2014, ante um lucro de R$ 23,4 bilhões, em 2013, e teve um crescimento de sua divida de mais de 30%, terminando o ano de 2014 com um endividamento total de R$ 351 bilhões. Essa dívida elevada é incompatível com o plano de investimento da companhia, o que significa que para cumprir parte do seu plano de investimento a empresa terá que vender ativos", afirmou.
O tucano afirmou que as perdas de R$ 6,194 bilhões relacionadas à corrupção, que constaram no balanço, podem ser ainda maiores.
Ele ressaltou que a apuração dos escândalos de corrupção envolvendo a estatal e seus fornecedores ainda está em andamento pela Polícia Federal, Ministério Público e Justiça Federal.
Para Aécio, a reavaliação de ativos (o impairment), que totalizou R$ 44 bilhões, é um valor elevado e evidencia o que considera como "indiscutível da falta de planejamento decorrente da má gestão e uso político da Petrobras pelo governo do PT".
O presidente do PSDB citou o fato que em 2010 o governo petista alterou o marco regulatório de exploração do setor ao instituir o regime de partilha e a criação da Pré-Sal Petróleo S.A.
Segundo ele, ao invés do fortalecimento da Petrobras, o resultado foi uma maior intervenção do governo no setor, na administração da empresa, no controle dos preços dos combustíveis e a exigência onerosa de a Petrobras ser operadora única do pré-sal com participação mínima de 30% na exploração e produção do pré-sal.
O tucano disse ainda que, mesmo com a capitalização da estatal, cinco anos atrás, de R$ 120 bilhões, "a maior capitalização já realizada no mundo", a empresa hoje está com um endividamento excessivo, com problema de geração de caixa para financiar o seu plano de investimento e pagar a sua dívida, e teve que reconhecer no balanço de 2014 divulgado nesta quarta-feira, dia 22 de abril de 2015, uma perda de mais de R$ 50 bilhões decorrente dos escândalos de corrupção e reavaliação de ativos.
"A forma de recuperar a capacidade de investimento da Petrobras e da sua rede de fornecedores no Brasil já é conhecida. O governo deve, entre outras ações, eliminar a obrigatoriedade de a Petrobras ser a operadora única do pré-sal, voltar a usar o regime de concessão da Lei 9.478/1997 (Lei do Petróleo), profissionalizar a gestão da Petrobras e o Conselho de Administração da companhia com profissionais respeitados e de ilibada reputação", enumerou o tucano.
Aécio disse que é preciso "salvar" a Petrobras do seu uso político em mais de uma década de governos do PT. "Se o governo deixar a empresa trabalhar, ela voltará novamente a ser uma das maiores empresas do mundo e a maior da América Latina para o benefício de todos os brasileiros", concluiu a nota.
Total doado por investigadas na Lava Jato | R$ 962.500,00 |
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OAS | R$ 380.000,00 |
Queiroz Galvão | R$ 332.500,00 |
UTC | R$ 200.000,00 |
Toyo Setal | R$ 50.000,00 |
Total doado por empreiteiras investigadas na Lava Jato | R$ 680.732,00 |
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Andrade e Gutierrez | R$ 500.000,00 |
Queiroz Galvão | R$ 130.000,00 |
OAS | R$ 50.732,00 |
Total doado por empresas investigadas na Lava Jato | R$ 454.572,50 |
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Andrade Gutierrez | R$ 254.572,50 |
Odebrecht | R$ 200.000,00 |
Total doado por empresas investigadas na Lava Jato | R$ 380.000,00 |
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Andrade Gutierrez | R$ 200.000,00 |
Queiroz Galvão | R$ 100.000,00 |
Odebrecht | R$ 80.000,00 |
Total doado por empresas da Lava Jato | R$ 326.875,00 |
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OAS | R$ 250.000,00 |
UTC | R$ 76.875,00 |
Total doado por investigadas na Lava Jato | R$ 306.993,10 |
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OAS | R$ 204.137,69 |
Andrade Gutierrez | R$ 100.000,00 |
UTC | R$ 2.855,41 |
Total doado por investigadas na Lava Jato | R$ 240.925,50 |
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Odebrecht | R$ 158.563,00 |
Andrade e Gutierrez | R$ 33.887,50 |
Queiroz Galvão | R$ 29.180,00 |
UTC | R$ 19.295,00 |
Total doado por investigadas na Lava Jato | R$ 200.000,00 |
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Andrade e Gutierrez | R$ 200.000,00 |
Total doado por investigadas na Lava Jato | R$ 105.406,00 |
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OAS | R$ 104.500,00 |
UTC | R$ 556,00 |
Odebrecht | R$ 350,00 |
O deputado João Carlos Bacelar recebeu pouco mais de 382 mil reais em doações de campanha nas eleições passadas. As empreiteiras investigadas na Lava Jato foram responsáveis por 27% deste total.
Total doado por empresas investigadas na Lava Jato | R$ 22.042,83 |
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Odebrecht | R$ 9.600,00 |
OAS | R$ 9.587,42 |
UTC | R$ 2.855,41 |
Total doado por investigadas na Lava Jato | R$ 16.183,25 |
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OAS | R$ 14.755,55 |
UTC | R$ 1.427,7 |
O deputado Afonso Florence recebeu R$ 549,3 mil em doações de campanha nas eleições passadas. As empreiteiras investigadas na Lava Jato foram responsáveis por 2,9% deste total.
Total doado por empresas investigadas na Lava Jato | R$ 5.293,23 |
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UTC | R$ 2.855,41 |
OAS | R$ 2.437,82 |
O deputado Paulo Magalhães recebeu R$ 398.2 mil em doações de campanha nas eleições passadas. As empreiteiras investigadas na Lava Jato foram responsáveis por 1,3% deste total.
Total doado por empresas investigadas na Lava Jato | R$ 2.711,50 |
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OAS | R$ 2.495,00 |
Andrade Gutierrez | R$ 216,50 |
Total doado por empresas investigadas na Lava Jato | R$ 2.343,75 |
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Engevix | R$ 2.343,75 |
Total doado por empresas da Lava Jato | R$ 770,00 |
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Queiroz Galvão | R$ 290,00 |
Constran (empresa da holding UTC) | R$ 480,00 |