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Autoritarismo e ataques à democracia são nefastos, diz Toffoli

Presidente do STF afirmou que não há qualquer solução para o Brasil que não seja dentro da democracia

STF: declaração foi feita um dia após Bolsonaro participar de atos antidemocráticos (Adriano Machado/Reuters)

STF: declaração foi feita um dia após Bolsonaro participar de atos antidemocráticos (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de abril de 2020 às 16h40.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou nesta segunda-feira que são nefastos o autoritarismo e os ataques à democracia e destacou que não é possível admitir solução que seja fora da democracia, um dia após o presidente Jair Bolsonaro ter ido a um ato público em que manifestantes pediram o fechamento da corte, do Congresso Nacional e uma intervenção militar no país.

A manifestação de Toffoli foi feita por videoconferência organizada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e que contou com outras entidades.

“As seis entidades (participantes) têm no DNA o conhecimento do quão nefasto é o autoritarismo, do quão nefastos são os fundamentalismos, do quão nefasto é o ataque às instituições e à democracia”, disse.

Segundo o presidente do STF, a corte tem atuado na perspectiva de se manter o pacto previsto na Constituição.

"Não é possível admitir qualquer outra solução que não seja dentro da institucionalidade do Estado Democrático de Direito, da democracia", destacou.

Essa é a primeira manifestação do presidente do STF após a presença de Bolsonaro em ato antidemocrático realizado em Brasília no domingo. Outros ministros da corte, como Gilmar Mendes e Roberto Barroso, criticaram as manifestações.

Nesta segunda, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao STF a abertura de um inquérito para apurar a organização dos atos. O presidente não é um dos alvos da investigação --que vai correr sob sigilo e deve apurar o envolvimento de deputados federais em sua organização.

Também na segunda, Bolsonaro negou que a manifestação tivesse viés antidemocrático --após discursar no ato de domingo que pedia intervenção militar no país-- e repreendeu um apoiador que pediu o fechamento do Supremo.

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