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Aumento de 13% não garante equilíbrio financeiro, diz Sabesp

A Sabesp pede um aumento de 22,70%

Trabalhador da Sabesp olha para o chão rachado da represa de Jaguary: segundo a Arsesp, foi autorizado um aumento de 6,3% na fatura da Sabesp (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2015 às 13h29.

São Paulo - O superintendente de regulação, custos e tarifas da Cia. De Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ), José Sílvio Xavier, afirmou que a revisão tarifária extraordinária de 13,8% concedida pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) à estatal garante o equilíbrio econômico da companhia, "mas não o financeiro".

A Sabesp pede um aumento de 22,70%.

A proposta da Sabesp considera uma revisão tarifária extraordinária de 13,82%, que leva em conta o aumento de custos com energia elétrica e a queda do volume faturado - e um reajuste tarifário de 7,80%, composto pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 8,13%, menos o fator de produtividade de 0,94% e mais o resíduo de 0,57% do ajuste compensatório retroativo.

Segundo ele, a Sabesp pede que a Arsesp conceda um reajuste definitivo, adicionando um resíduo compensatório retroativo.

"Nosso pleito é de que a Arsesp calcule o reajuste definitivo", afirmou, em apresentação durante audiência pública realizada pela Arsesp.

"A Sabesp precisa da recomposição tarifária hoje, não daqui a dois anos, quando haverá a revisão tarifária ordinária", acrescentou.

Segundo a Arsesp, foi autorizado um aumento de 6,3% na fatura da Sabesp para repor o aumento das despesas com a energia elétrica, alegado pela companhia, e da queda do consumo de água na Grande São Paulo em decorrência da crise, e 7% de correção inflacionária de 12 meses pelo IPCA.

O último reajuste na conta da Sabesp foi de 6,5% e entrou em vigor no dia 27 de dezembro de 2014.

O aumento, que seria de 5,4%, havia sido autorizado pela Arsesp em abril de 2014, mas sua aplicação foi adiada pela companhia por decisão do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que disputou e venceu a reeleição em outubro.

O aumento de 1% aconteceu a título de compensação pelo adiamento da aplicação do reajuste, mas não é considerado suficiente pela Sabesp.

Xavier frisou que a Sabesp não pleiteia compensações por fatores como deterioração macroeconômica, aumento de despesas decorrentes, aumento de investimentos decorrentes, concessão de bônus ou desvalorização cambial.

"Até poderíamos pleitear isso, do ponto de vista jurídico, mas estamos nos restringindo à energia elétrica e ao volume faturado", disse.

O executivo comparou ainda o pedido da Sabesp ao da Copasa, que foi autorizada recentemente pelo órgão regulador a reajustar suas tarifas em 15%, levando em consideração somente custos com energia elétrica.

Ele indicou que o reajuste da Sabesp teria que ser maior que o da Copasa, uma vez que o pleito da estatal paulista considera também a queda do volume faturado.

Xavier afirmou ainda que a Sabesp continua investindo e que tem "uma das tarifas mais baixas" entre as concessionárias estaduais de saneamento do Brasil.

Ele também apontou que a companhia tem atuado "firmemente" na redução de perdas. A Arsesp informou que pretende divulgar o resultado final da revisão tarifária extraordinária em 25 de abril.

São Paulo - Você já parou para pensar em quanta água se perde no caminho entre a estação de tratamento e a torneira da sua casa? Não é pouca coisa. De cada 100 litros de água coletada e tratada, em média, apenas 67 litros chegam são e salvos. Os outros 37% se perdem no caminho, junto com o dinheiro investido no sanemaneto básico. O prejuízo financeiro com as perdas de água em todo o Brasil atinge nada menos do que R$ 8 bilhões ao ano, segundo estudo do Instituto Trata Brasil, feito com base nos dados mais recentes do Minsitéiro das Cidades, relativos a 2013. É uma perda inadmissível, tanto para um recurso tão precioso e cada vez mais escasso como a água, quanto para um setor que ainda caminha a passos lentos para garantir rede de esgoto e água encanada para todos os brasileiros. Ligações clandestinas, infraestrutura desgastada, vazamentos, obras mal executadas ou medições incorretas no consumo de água são as principais causas da perda de faturamento das empresas operadoras, sejam públicas ou privadas. Pelos cálculos da ONG, todo o volume perdido em 2013 equivale a 6,5 vezes a capacidade do Sistema Cantareira (sem considerar as reservas técnicas). Conforme a pesquisa, as perdas de água representam um entrave para a expansão das redes de distribuição do saneamento além de aumentar a pressão sobre os recursos naturais, agravando quadros de escassez hídrica, já que mais água precisa ser retirada da natureza. Segundo o estudo, se em cinco anos houvesse uma queda de 15% nas perdas de faturamento no Brasil, os ganhos totais acumulados em relação ao ano inicial seriam da ordem de R$3,85 bilhões. O estudo traz os dados de perdas das 100 maiores cidades do país, onde estão 81 milhões de pessoas, 40% da população do Brasil. A média de perdas na distribuição nas 100 cidades foi de 42,04%, maior que a média nacional. Veja nas fotos as 30 cidades que mais perdem água (na distribuição) e dinheiro (perdas de faturamento) no País.
  • 2. 1. Macapá

    2 /28(Antonio Milena/Veja)

  • Veja também

    EstadoAmapá
    Índice de perda na distribuição em 201373,56%
    Índice de perda de faturamento73,91%
    Índice de atendimento total de água38,82%
    População em 2013437.256
  • 3. 3. Porto Velho

    3 /28(Wilson Dias/Abr)

  • EstadoRondônia
    Índice de perda na distribuição em 201370,33%
    Índice de perda de faturamento68,87%
    Índice de atendimento total de água30,77%
    População484.992
  • 4. 4. Paulista

    4 /28(Wagner de Lima/ Wikimedia Commons)

    EstadoPernambuco
    Índice de perda na distribuição em 201367,43%
    Índice de perda de faturamento58,49%
    Índice de atendimento total de água85,43%
    População316.714
  • 5. 5. Cuiabá

    5 /28(Divulgação/ Embratur)

    EstadoMato Grosso
    Índice de perda na distribuição em 201367,29 %
    Índice de perda de faturamento64,50%
    Índice de atendimento total de água93,03%
    População569.830
  • 6. 6. São Luis

    6 /28(Wikimedia Commons)

    EstadoMaranhão
    Índice de perda na distribuição em 201367,24%
    Índice de perda de faturamento68,61%
    Índice de atendimento total de água90,15%
    População1.053.922
  • 7. 7. Várzea Grande

    7 /28(Matheus Hidalgo/Wikimedia Commons)

    EstadoMato Grosso
    Índice de perda na distribuição em 201364,35 %
    Índice de perda de faturamento65,91%
    Índice de atendimento total de água98,26%
    População262.880
  • 8. 8. Maceió

    8 /28(Wikimedia Commons)

    EstadoAlagoas
    Índice de perda na distribuição em 201361,28%
    Índice de perda de faturamento59,47%
    Índice de atendimento total de água94,65%
    População996.733
  • 9. 9. Mossoró

    9 /28(Wikimedia Commons)

    EstadoRio Grande do Norte
    Índice de perda na distribuição em 201360,58 %
    Índice de perda de faturamento54,20%
    Índice de atendimento total de água93,74%
    População280.314
  • 10. 10. Rio Branco

    10 /28(Embratur/Fotos Públicas)

    EstadoAcre
    Índice de perda na distribuição em 201360,21%
    Índice de perda de faturamento60,2%
    Índice de atendimento total de água48,97%
    População357.194
  • 11. 12. Olinda

    11 /28(Prefeitura de Olinda/Wikimedia Commons)

    EstadoPernambuco
    Índice de perda na distribuição em 201357,96%
    Índice de perda de faturamento49,91%
    Índice de atendimento total de água85,15%
    População388.127
  • 12. 13. Mogi das Cruzes

    12 /28(Wikimedia Commons)

    EstadoSão Paulo
    Índice de perda na distribuição em 201356,42%
    Índice de perda de faturamento52,68%
    Índice de atendimento total de água90,30%
    População414.907
  • 13. 14. Natal

    13 /28(Camilla Veras Mota/Viagem e Turismo)

    EstadoRio Grande do Norte
    Índice de perda na distribuição em 201354,99%
    Índice de perda de faturamento47,10%
    Índice de atendimento total de água94,79%
    População853.928
  • 14. 15. Aracaju

    14 /28(FRANCO HOFFCHNEIDER/ Guia Quatro Rodas)

    EstadoSergipe
    Índice de perda na distribuição em 201354,77%
    Índice de perda de faturamento48,37%
    Índice de atendimento total de água99,17%
    População614.577
  • 15. 16. Boa Vista

    15 /28(Tiago Orihuela/ Prefeitura Boa Vista)

    EstadoRoraima
    Índice de perda na distribuição em 201354,51%
    Índice de perda de faturamento56,94%
    Índice de atendimento total de água97,72%
    População308.996
  • 16. 17. Cariacica

    16 /28(Lucas Calazans/ Divulgação/Perfil do Facebook de Cariacica)

    EstadoEspírito Santo
    Índice de perda na distribuição em 201354,26%
    Índice de perda de faturamento50,66%
    Índice de atendimento total de água87,58%
    População375.974
  • 17. 18. Teresina

    17 /28(Wikimedia Commons)

    EstadoPiauí
    Índice de perda na distribuição em 201353,75%
    Índice de perda de faturamento49,29%
    Índice de atendimento total de água92,80%
    População836.475
  • 18. 19. Canoas

    18 /28(Divulgação/Prefeitura de Canoas)

    EstadoRio Grande do Sul
    Índice de perda na distribuição em 201352,44%
    Índice de perda de faturamento52,54%
    Índice de atendimento total de água100%
    População338.531
  • 19. 20. Salvador

    19 /28(Mario Tama/Getty Images)

    EstadoBahia
    Índice de perda na distribuição em 201352,42%
    Índice de perda de faturamento52,54%
    Índice de atendimento total de água93,45%
    População2.883.682
  • 20. 22. Osasco

    20 /28(Chadner/ Wikimedia Commons)

    EstadoSão Paulo
    Índice de perda na distribuição em 201351,51%
    Índice de perda de faturamento50,34%
    Índice de atendimento total de água100%
    População691.652
  • 21. 23. Itaquaquecetuba

    21 /28(Divulgação/Prefeitura de Itaquaquecetuba)

    EstadoSão Paulo
    Índice de perda na distribuição em 201351,44%
    Índice de perda de faturamento45,19%
    Índice de atendimento total de água99,97%
    População344.558
  • 22. 24. Ribeirão das Neves

    22 /28(Divulgação/Facebook/Prefeitura de Ribeirão das Neves (MG))

    EstadoMinas Gerais
    Índice de perda na distribuição em 201351,04%
    Índice de perda de faturamento49,18%
    Índice de atendimento total de água99,27%
    População315.819
  • 23. 25. São Vicente

    23 /28(Wikimedia Commons/Fabio Luiz)

    EstadoSão Paulo
    Índice de perda na distribuição em 201350,75%
    Índice de perda de faturamento49,54%
    Índice de atendimento total de água97,42%
    População350.465
  • 24. 26. Guarujá

    24 /28(Priscila Zambotto/Viagem e Turismo)

    EstadoSão Paulo
    Índice de perda na distribuição em 201350,45%
    Índice de perda de faturamento51,59%
    Índice de atendimento total de água86,48%
    População306.683
  • 25. 27. Belém

    25 /28(Divulgação/Embratur)

    EstadoPará
    Índice de perda na distribuição em 201350,37%
    Índice de perda de faturamento45,68%
    Índice de atendimento total de água73,33%
    População1.425.922
  • 26. 28. Recife

    26 /28(REUTERS/Paulo Whitaker)

    EstadoPernambuco
    Índice de perda na distribuição em 201349,82%
    Índice de perda de faturamento56,74%
    Índice de atendimento total de água82,98%
    População1.599.513
  • 27. 29. Caruaru

    27 /28(Facebook/Divulgação/ Prefeitura de Caruaru)

    EstadoPernambuco
    Índice de perda na distribuição em 201349,56%
    Índice de perda de faturamento44,95%
    Índice de atendimento total de água82,02%
    População337.416
  • 28. 30. Governador Valadares

    28 /28(Picasa Web/Wikimedia Commons)

    EstadoMinas Gerais
    Índice de perda na distribuição em 201349,48%
    Índice de perda de faturamento44,67%
    Índice de atendimento total de água99,46%
    População275.568
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