Brasil

Augusto Aras cumpre as exigências técnicas para ser PGR, diz relator

Em parecer, Senador Eduardo Braga (MDB-AM) indicou seu voto favorável à nomeação do atual subprocurador à PGR

Augusto Aras: senadores devem decidir se aprovam ou não a nomeação do subprocurador para a PGR (Marcos Brandão/Senado Federal/Flickr)

Augusto Aras: senadores devem decidir se aprovam ou não a nomeação do subprocurador para a PGR (Marcos Brandão/Senado Federal/Flickr)

AB

Agência Brasil

Publicado em 16 de setembro de 2019 às 19h31.

O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da indicação do novo procurador-geral da República, Augusto Aras, no Senado, entregou na tarde desta segunda-feira (16) seu parecer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Braga afirmou que Aras cumpriu todos os requisitos documentais e burocráticos para ser o novo chefe da Procuradoria-geral da República (PGR).

Esclarecendo que seu relatório é restrito ao aspecto técnico da indicação, o senador indicou seu voto favorável ao atual subprocurador-geral da República. "A Constituição estabelece uma série de exigências formais. E ele cumpriu todas elas. […] Enquanto relator, me cabe analisar a parte técnica e jurídica da indicação. Enquanto senador, sim, votarei a favor do indicado, o dr. Augusto Aras".

Augusto Aras tem frequentado o Senado desde a confirmação de sua indicação e já conversou com dezenas de senadores. Ele, inclusive, participou da reunião de líderes, ocasião em que os senadores e o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, discutem as pautas prioritárias e costuram acordos para votações.

Durante essas conversas, ele se comprometeu a devolver sua carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e se afastar da Aras Advogados Associados, escritório que mantém em sociedade com outros advogados. Segundo Eduardo Braga, era legítimo ele estar ligado à advocacia mesmo sendo subprocurador-geral, por ter ingressado na magistratura antes da vigência da Constituição de 1988.

O senador afirmou que espera de Aras, além de independência partidária e ideológica do presidente da República, uma gestão pautada no bom senso. Como exemplo, citou as questões legais envolvendo a relação entre meio ambiente e desenvolvimento.

"A política do meio ambiente não pode servir para travar o país e impedir nosso desenvolvimento. É importante fazer com bom senso, responsabilidade e racionalidade", disse. "Ele sinalizou, tanto na reunião com os líderes, quanto nas conversas que tive com ele, um espírito de bom senso, racionalidade, de espírito público e compromisso com o vencimento dos obstáculos que o Brasil enfrenta", completou.

Calendário

A leitura do relatório está marcada para a próxima quarta-feira (18) na CCJ. Em seguida, a presidente da comissão, Simone Tebet (MDB-MS), concederá vista coletiva. A sabatina de Aras na comissão está prevista para o dia 25 de setembro, pela manhã. Há a possibilidade da indicação ser votada no plenário no mesmo dia, caso senadores proponham regime de urgência para o assunto.

Acompanhe tudo sobre:Augusto ArasPGR - Procuradoria-Geral da RepúblicaSenado

Mais de Brasil

Desde o início do ano, 16 pessoas foram baleadas ao entrarem por engano em favelas do RJ

Justiça suspende revisão que permitiria construção de condomínios nos Jardins

Dino convoca para fevereiro audiência com nova cúpula do Congresso para discutir emendas

Em decisão sobre emendas, Dino cita malas de dinheiro apreendidas em aviões e jogadas por janelas