Exame Logo

Audiência entre Metrô e funcionários termina sem acordo

Com isso, os metroviários devem paralisar suas atividades a partir da madrugada desta quinta-feira, dia 5. Decisão será tomada em assembleia às 18h30

Metrô: o presidente do Metrô descartou a possibilidade de catraca livre (Sergio Berenovsky/Dedoc)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2014 às 15h13.

São Paulo - Terminou sem acordo na tarde desta quarta-feira, 4, a audiência de conciliação entre o Metrô e seus funcionários.

Com isso, os metroviários devem paralisar suas atividades a partir da madrugada desta quinta-feira, dia 5.

A decisão será tomada em uma assembleia na sede do Sindicato dos Metroviários às 18h30.

A uma semana do início da Copa do Mundo de futebol, os passageiros das Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás podem ficar sem transporte por tempo indeterminado.

O presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, descartou a possibilidade de catraca livre, hipótese aventada pelos trabalhadores para evitar transtornos à população.

"Não vemos nenhum sentido nisso, porque é um prejuízo para toda a população - até mesmo para os metroviários. O Metrô tem uma única fonte de receita: a venda dos bilhetes. A perda de receita é um contrassenso se estamos negociando melhores condições de salário", disse.

O próprio Pacheco, entretanto, admitiu que para a população a melhor saída seria a adoção da catraca livre.

"Provavelmente, do ponto de vista da operação do dia a dia da cidade, a questão de você poder utilizar o metrô sempre é a melhor alternativa. Agora, o custo de se fazer isso é muito alto."

De acordo com ele, o Metrô arrecada cerca de R$ 5 milhões por dia com a venda de passagens.

Ainda segundo Pacheco, o Metrô tem feito "um esforço muito grande" nos últimos dois anos de tocar a operação, com processo de racionalização de custos e economia interna.

"Eu disse ontem (terça-feira) ao governador que com esse pacote de propostas (aos metroviários), o Metrô consegue cumprir e chegar até o fim do ano com a expectativa de uma questão tarifária para o ano que vem."

Mas o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior, contesta.

"O balanço social do Metrô é altamente positivo. O problema é que, se for verdade, o que o presidente do Metrô está falando, ele está assinando embaixo que o metrô tem que ser superlotado e ficar no sufoco permanente para as próximas décadas. O metrô de Nova York, o de Paris e o de Londres são subsidiados, não ficam só na tarifa."

Veja também

São Paulo - Terminou sem acordo na tarde desta quarta-feira, 4, a audiência de conciliação entre o Metrô e seus funcionários.

Com isso, os metroviários devem paralisar suas atividades a partir da madrugada desta quinta-feira, dia 5.

A decisão será tomada em uma assembleia na sede do Sindicato dos Metroviários às 18h30.

A uma semana do início da Copa do Mundo de futebol, os passageiros das Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás podem ficar sem transporte por tempo indeterminado.

O presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, descartou a possibilidade de catraca livre, hipótese aventada pelos trabalhadores para evitar transtornos à população.

"Não vemos nenhum sentido nisso, porque é um prejuízo para toda a população - até mesmo para os metroviários. O Metrô tem uma única fonte de receita: a venda dos bilhetes. A perda de receita é um contrassenso se estamos negociando melhores condições de salário", disse.

O próprio Pacheco, entretanto, admitiu que para a população a melhor saída seria a adoção da catraca livre.

"Provavelmente, do ponto de vista da operação do dia a dia da cidade, a questão de você poder utilizar o metrô sempre é a melhor alternativa. Agora, o custo de se fazer isso é muito alto."

De acordo com ele, o Metrô arrecada cerca de R$ 5 milhões por dia com a venda de passagens.

Ainda segundo Pacheco, o Metrô tem feito "um esforço muito grande" nos últimos dois anos de tocar a operação, com processo de racionalização de custos e economia interna.

"Eu disse ontem (terça-feira) ao governador que com esse pacote de propostas (aos metroviários), o Metrô consegue cumprir e chegar até o fim do ano com a expectativa de uma questão tarifária para o ano que vem."

Mas o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior, contesta.

"O balanço social do Metrô é altamente positivo. O problema é que, se for verdade, o que o presidente do Metrô está falando, ele está assinando embaixo que o metrô tem que ser superlotado e ficar no sufoco permanente para as próximas décadas. O metrô de Nova York, o de Paris e o de Londres são subsidiados, não ficam só na tarifa."

Acompanhe tudo sobre:Direitos trabalhistasEmpresasEmpresas estataisEstatais brasileirasGrevesMetrô de São Paulomobilidade-urbanaTransporte públicotransportes-no-brasil

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame