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Atuais prefeitos podem vencer em 13 de 20 capitais

O fenômeno, no entanto, se concentra exclusivamente no Norte e Nordeste


	Eleitor vai às urnas em Belém (PA): fenômeno é maior no Norte e no Nordeste
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Eleitor vai às urnas em Belém (PA): fenômeno é maior no Norte e no Nordeste (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2016 às 21h00.

São Paulo - Eleitores das capitais brasileiras onde os prefeitos tentam a reeleição estão mais propensos a manter o projeto político corrente do que optar por uma mudança, apontam as mais recentes pesquisas Ibope de intenções de voto.

Os atuais mandatários lideram a disputa em 13 de 20 capitais onde há possibilidade de um segundo mandato. Seis deles têm chance de vitória já no primeiro turno, considerando os votos válidos.

O fenômeno, no entanto, se concentra exclusivamente no Norte e Nordeste. Das nove capitais nordestinas, oito têm o prefeito como líder das pesquisas: Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Natal, Recife, Salvador, São Luís e Teresina. Já na Região Norte, cinco das sete capitais estão na mesma situação: Boa Vista, Macapá, Manaus, Palmas e Rio Branco. Nas demais regiões brasileiras, não há nenhuma capital onde o mandatário aparece como o favorito dos eleitores nas pesquisas. Em Vitória e Porto Velho, porém, o atual prefeito está em segundo lugar, mas empatado tecnicamente com o primeiro colocado.

As situações mais confortáveis para a atual gestão ocorrem em Salvador, onde ACM Neto (DEM) tem 76% das intenções de voto, e em Boa Vista, onde Teresa (PMDB) recebe 80% da preferência do eleitorado. As outras quatro capitais onde o gestor pode conquistar um segundo mandato já no primeiro turno são João Pessoa, Natal, Rio Branco e Teresina. Curitiba é a única capital na qual há chance de definição no primeiro turno sem que o primeiro colocado seja o atual prefeito.

Em baixa

Se em boa parte das capitais brasileiras os prefeitos têm a preferência do eleitorado, em outras capitais, a impopularidade da atual gestão diminui a chance de o mandatário participar de um eventual segundo turno.

É o caso de São Paulo, onde Fernando Haddad (PT) está empatado em terceiro lugar com Marta (PMDB) e enfrenta dificuldade para seguir na disputa. Em Campo Grande e Aracaju, a situação é semelhante. Os atuais prefeitos Alcides Bernal (PP) e João Alves (DEM), respectivamente, estão distantes dos dois primeiros colocados e não deverão chegar à segunda etapa da votação.

Nas seis capitais onde os prefeitos não tentam a reeleição, apenas em uma delas, Porto Alegre, o candidato apoiado pela atual gestão lidera as pesquisas.

Partidos

Se os primeiros colocados nas pesquisas das capitais fossem eleitos hoje, as administrações dessas cidades seriam distribuídas entre um número maior de partidos. Atualmente, dez legendas controlam as 26 capitais. Se os favoritos dos eleitores ganhassem o pleito, 14 partidos passariam a administrar esses municípios.

Também haveria mudanças das legendas com o maior número de prefeitos de capitais. Hoje, PDT e PSB têm cinco prefeituras cada, seguidos por PSDB, com quatro, e PT, com três administrações. No cenário projetado pelas pesquisas, PDT e PSB passariam a ter três e dois prefeitos, respectivamente. Já o PSDB cresceria, com uma prefeitura a mais do que as quatro atuais. O PT perderia duas e seguiria com uma.

Se os índices das pesquisas se confirmassem, o PMDB sairia como o maior vitorioso das eleições nas capitais, conquistando cinco prefeituras, ante as duas que administra atualmente. Seis partidos menores, que hoje não controlam nenhuma capital, têm chance de levar uma: PCdoB, PMN, PRB, PSOL, PTB e Solidariedade.

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