Ato em memória aos ataques de 8 de janeiro de 2023 será realizado no Congresso
Evento contará com presença de Lula, Barroso, Pacheco, Lira, ministros, parlamentares e integrantes das Forças Armadas
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 8 de janeiro de 2024 às 06h06.
Um ato em memória aos ataques do 8 de janeiro de 2023, que ocorreram em Brasília, será realizado nesta segunda-feira, 8, no Salão Negro do Congresso Nacional. O evento reunirá 500 convidados e terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, de governadores, parlamentares, ministros e outras autoridades.
Também é esperada a presença dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Com o slogan “Democracia Inabalada”, o evento foi capitaneado por Lula e tem previsão de começar às 15h. Antes, às 14h, Barroso participará da abertura da exposição “Após 8 de janeiro: Reconstrução, memória e democracia”, na sede do STF.
Na abertura da cerimônia no Congresso está previsto que a ministra da Cultura, Margareth Menezes, interpretará o Hino Nacional. Em seguida, será exibido um vídeo institucional. Na sequência, vão discursar os presidentes dos Três Poderes e outras autoridades.
Pesquisa mostra rejeição aos atos de vandalismo
Os atos de vandalismo de 8 de janeiro foram desaprovados por 89% dos brasileiros, segundo pesquisa da Genial/Quaest, divulgada no último domingo, 7. Apenas 6% disseram aprovar o ataque que depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a sede do STF. Outros 4% não souberam ou preferiram não responder.
Pesquisa anterior apontou que a desaprovação em relação ao 8 de janeiro era maior, com 94%. Apenas 4% aprovavam e 2% não sabiam responder no levantamento passado.
Prisões e condenações
Como consequência dos atos de vandalismo praticados em Brasília, 1.406 pessoas foram denunciadas por associação criminosa armada, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. Pelo menos 30 já foram condenadas. As penas chegam a até 17 anos de prisão.
Dos denunciados, 1.121 acusados aguardam a possibilidade de fazer um acordo de não persecução penal. Em caso de chancela pelo Judiciário, os acusados ficam proibidos de comunicar em redes sociais e têm de usar tornozeleira eletrônica. Outras 66 pessoas ainda estão presas em Brasília.