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Ativista diz que vai ajudar Greenpeace a recuperar navio

A bióloga Ana Paula Maciel ficou dois meses presa na Rússia por ter participado de um protesto no país a bordo da embarcação da ONG Arctic Sunrise


	Policial russo algema a ativista brasileira do Greenpeace Ana Paula Maciel: ela foi a primeira a ser solta, após a ONG pagar uma fiança de R$ 140 mil, mas ainda não pode sair do país
 (Olga Maltseva/AFP)

Policial russo algema a ativista brasileira do Greenpeace Ana Paula Maciel: ela foi a primeira a ser solta, após a ONG pagar uma fiança de R$ 140 mil, mas ainda não pode sair do país (Olga Maltseva/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 18h45.

São Paulo - A bióloga Ana Paula Maciel, ativista do Greenpeace que ficou dois meses presa na Rússia e ainda enfrenta acusações de vandalismo por ter participado de um protesto no país, disse que, quando estiver tudo resolvido e puder voltar para o Brasil, vai querer retornar a território russo para ajudar a recuperar o navio da organização não governamental (ONG) que foi apreendido.

A afirmação é do diretor executivo do Greenpeace internacional, Kumi Naidoo, que está em Varsóvia para a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Falei com ela ontem (nesta quarta-feira, 20), após sair da prisão. Ela estava com um bom espírito, disse que a experiência foi difícil, mas a deixou mais forte, e ela pediu-me um favor: ‘Quando forem montar a equipe que vai trazer o navio de volta de Murmansk, posso fazer parte da equipe?’. O navio não está sendo cuidado, está em má forma agora, e ela, como eu, passou muito tempo nele", afirma Naidoo.

Ana Paula estava ao lado de outros 27 ativistas e dois jornalistas, a bordo da embarcação da ONG Arctic Sunrise, para um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico. Todos foram presos em 19 de setembro, após tentar escalar uma plataforma da empresa Gazprom.

Ela foi a primeira a ser solta, após a ONG pagar uma fiança de 2 milhões de rublos (cerca de R$ 140 mil), mas ainda não pode sair do país. "A situação ainda não está nem de longe resolvida. Ela ainda enfrenta as acusações de vandalismo", disse Naidoo, que afirmou, porém, ter recebido uma sinalização positiva do presidente Vladimir Putin.

"Ele disse hoje (nesta quinta-feira, 20) que os ativistas tiveram intenções nobres. Eu espero que esse reconhecimento traga as bases para que as acusações sejam retiradas e eles possam sair da Rússia."

De acordo com o diretor executivo-internacional do Greenpeace, Ana Paula agora não vê a hora de a mãe e a melhor amiga, que trabalha na ONG no Brasil, chegarem a São Petersburgo, no domingo, 24. "São as pessoas mais preciosas da sua vida."

Naidoo deu as declarações em Varsóvia, após se reunir com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo Machado, que chegou nesta quinta à COP, vindo da Rússia.

O diretor executivo internacional pediu a reunião para agradecer a atuação do Brasil no processo, que culminou com uma carta da presidente Dilma Rousseff, pedindo solução para o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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