Até agora, Câmara tem 8 pedidos de impeachment contra Temer
Caberá agora ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidir pela admissibilidade do pedido para que uma comissão especial seja instalada
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de maio de 2017 às 19h08.
Última atualização em 18 de maio de 2017 às 19h11.
Brasília - A oposição protocolou na noite desta quinta-feira, 18, o sétimo pedido de impeachment do presidente Michel Temer .
Em um ato simbólico no Salão Verde, os oposicionistas formalizaram o pedido de instalação de processo, baseado em suposto crime de responsabilidade e obstrução da Justiça.
Caberá agora ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidir pela admissibilidade do pedido para que uma comissão especial seja instalada.
Enquanto a oposição fazia discursos e gritava "Fora Temer" e "Diretas Já", o deputado Diego Garcia (PHS-PR) protocolava o oitavo pedido de afastamento do peemedebista.
Desde ontem, a Secretaria Geral da Mesa Diretora recebeu dois pedidos de impeachment de autoria do deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), um do deputado João Henrique Caldas (PSB-AL), um do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um assinado por sete tucanos e outro apresentado hoje por um deputado estadual de Goiás, Junio Alves Araújo (PRP).
O pedido conjunto da oposição também é assinado pelo presidente do PSB, Carlos Siqueira, pelo presidente do PSOL, Luiz Araújo, por Alexandre José da Conceição (MST), pela ex-deputada do PCdoB Perpétua de Almeida (AC), e pelos professores da Universidade de Brasília (UNB) Beatriz Vargas e Marcelo Neves.
O pedido de impeachment seria protocolado durante a sessão plenária, mas ao saber da intenção da oposição de usar a transmissão da TV Câmara para apresentar o pedido, o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), encerrou os trabalhos.
"Não tem mais alternativa. Temer tem de ser afastado da presidência da República. Se ele não sair, é o povo quem vai tirar", discursou o líder do PSOL, Glauber Braga (RJ).
No plenário, o líder do PT, Carlos Zarattini (SP), fez um discurso onde afirmou que Temer não tem legitimidade para continuar no cargo e que o País continuará "enfrentando o caos" se ele não for afastado. "Esse presidente já passou da hora de ir embora", afirmou.