Ata não sinaliza, mas Copom deve acelerar juros em março, diz HSBC
Economista André Loes também prevê novas medidas macroprudenciais para conter crédito
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2011 às 15h26.
São Paulo - Embora a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) não sinalize uma aceleração na alta de juros, a próxima reunião deve trazer uma elevação de 0,75 ponto percentual na Selic como resposta à piora do cenário de inflação.
A avaliação é do economista-chefe do HSBC, André Loes, que participou nesta quinta-feira (27) do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME.
“Uma coisa é a ata, que é uma visão que ele tem agora. É como se ele (Banco Central) dissesse qual é o plano de voo e como ele gostaria de fazer. Outra coisa é a realidade daqui até a reunião de março. Eu acho que a realidade vai ser desfavorável do ponto de vista do controle da inflação”, diz Loes.
Além disso, o economista salienta que as expectativas inflacionárias para 2012 começaram a piorar. André Loes prevê a adoção de novas medidas macroprudenciais para reduzir a oferta de crédito ao consumidor. “A gente acredita que o Banco Central anuncie novas medidas antes mesmo da próxima reunião do Copom.”
Na entrevista (para ouvi-la na íntegra, clique na imagem ao lado), o economista-chefe do HSBC avalia as perspectivas para o câmbio no Brasil neste ano e seus respectivos impactos na inflação, e projeta o comportamento dos preços das commodities no mercado internacional.