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Assessor de Temer vai comandar PMDB e campanha de Marta

Ele substitui o ex-secretário municipal de Educação da capital, Gabriel Chalita, que deixou o partido para ser candidato a vice na chapa de reeleição do Haddad


	Temer: Yunes afirma que assume o partido para exercer uma função estratégica na campanha
 (Reuters/Ueslei Marcelino)

Temer: Yunes afirma que assume o partido para exercer uma função estratégica na campanha (Reuters/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2016 às 20h06.

São Paulo - O advogado José Yunes, assessor especial e um dos principais conselheiros do presidente em exercício Michel Temer, assumiu nesta segunda-feira, 13, a presidência municipal do PMDB de São Paulo.

Ele substitui o ex-secretário municipal de Educação da capital, Gabriel Chalita, que deixou o partido para ser candidato a vice na chapa de reeleição do prefeito Fernando Haddad (PT).

Segundo o presidente estadual do PMDB-SP e líder do partido na Câmara, deputado Baleia Rossi, a escolha é uma sinalização clara de que a campanha da senadora Marca Suplicy à prefeitura de São Paulo será prioritária para o PMDB nacional.

Yunes afirma que assume o partido para exercer uma função estratégica na campanha. "Vou nortear a campanha no trabalho de coordenação política", disse o novo presidente do partido na capital.

Yunes, Baleia e Marta deverão se reunir semanalmente para definir os rumos da campanha. "Na próxima segunda-feira vamos conversar sobre coligações com outros partidos, estratégia financeira e de marketing", disse.

O PMDB está "conversando" com PPS e PV, e não descarta uma aliança com o PSD no primeiro turno. O cenário ideal para o partido seria uma composição com Marta na cabeça da chapa e o vereador Andrea Matarazzo (PSD) na vice.

Reservadamente, aliados de Temer dizem que o objetivo do presidente em exercício é isolar o prefeito Fernando Haddad na disputa e promover uma campanha sem agressões entre os candidatos dos partidos que compõem a base de apoio ao governo interino no Congresso.

São eles: o PSD, que deve lançar Matarazzo como pré-candidato; e o PSDB, que tem o empresário João Doria como pré-candidato.

Entre os tucanos, a estratégia é a mesma: adotar como alvo comum o candidato do PT e construir pontes para uma eventual aliança no segundo turno.

PSB

O PSB promoveu nesta segunda-feira, 13, um ato político para anunciar oficialmente o apoio à pré-candidatura de João Doria.

No evento, o vice-governador de São Paulo, Márcio França, que é presidente da legenda em São Paulo e integra a Executiva nacional, afirmou que a aliança com Doria deve ser o prenúncio de um pacto nacional entre os dois partidos.

"O que aconteceu em São Paulo pode acontecer no Brasil", disse o pessebista.

França é o principal articulador do projeto de lançar o governador Geraldo Alckmin à presidência em 2018.

Ele já disse em diversas ocasiões que, se a candidatura não se viabilizar dentro do PSDB, Alckmin poderia concorrer pelo PSB. Se Alckmin sair candidato, França assume o governo de São Paulo.

Além do PSB, a campanha de Doria espera anunciar em breve apoio do DEM e do PPS, partido que também estão na área de influência de Alckmin no Estado. Os tucanos esperam ainda conseguir o apoio do PMB, PV, Solidariedade e PTB.

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