Assembleias de petroleiros aprovam greve; data será definida na quinta
Segundo a Federação Única dos Petroleiros, greve é "resposta dura à gestão Pedro Parente, que está promovendo o maior desmonte da história da Petrobras"
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de maio de 2018 às 18h20.
Última atualização em 14 de maio de 2018 às 18h33.
Rio - A greve por tempo indeterminado indicada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) aos sindicatos a ela filiados foi aprovada em todas as assembleias realizadas pelo País, informa a FUP.
Por conta de uma forte chuva, o Sindipetro do Rio Grande Norte só deverá finalizar as votações na próxima quinta-feira, segundo a FUP, que ainda não definiu o dia do início da greve. A previsão era de que as assembleias se encerrassem no último dia 12.
Segundo a assessoria da FUP, o Conselho Deliberativo da entidade vai definir a data assim que forem finalizadas as assembleias, no próximo dia 17, quinta-feira.
A greve foi aprovada pelos Sindicatos dos Petroleiros do Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Pernambuco e Paraíba, Amazonas, Minas Gerais, Duque de Caxias, Paraná e Santa Catarina, Bahia, Norte Fluminense, Unificado de São Paulo e Ceará, sendo que este último iria finalizar nesta segunda-feira 14, a votação.
"Mais de 90% dos trabalhadores que compareceram às assembleias aprovaram o indicativo, numa resposta dura à gestão Pedro Parente, que está promovendo o maior desmonte da história da Petrobras", afirmou a FUP em seu site.
Segundo a entidade, " Pedro Parente já entregou à concorrência mais de 30 ativos estratégicos da empresa, como campos do pré-sal, sondas de produção, redes de gasodutos do Sudeste e do Nordeste, distribuidoras de gás, petroquímicas, termelétricas e usinas de biocombustíveis".
A FUP destaca ainda a venda da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR) e da Unidade de Fertilizantes-III (Fafen-MS), e a privatização de quatro refinarias (Refap, Repar, Rlam e Abreu e Lima), seis terminais aquaviários, seis terminais terrestres e 46 dutos, que foram colocados à venda no dia 27 de abril. "Todo esse desmonte do Sistema Petrobras foi feito em menos de dois anos", ressalta a FUP.