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As condições para a saída da crise estão dadas, diz Cardozo

Cardozo reconhece que a votação do STF, estabelecendo ritos para o processo do impeachment, abriu espaço para que o governo possa se recuperar politicamente


	José Eduardo Cardozo: Cardozo reconhece que a votação do STF estabelecendo ritos para o processo do impeachment, abriu espaço para que o governo possa se recuperar politicamente
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

José Eduardo Cardozo: Cardozo reconhece que a votação do STF estabelecendo ritos para o processo do impeachment, abriu espaço para que o governo possa se recuperar politicamente (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2015 às 14h57.

São Paulo - Um dos principais conselheiros políticos da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, acredita que o governo terá, a partir de agora, condições para deixar para trás a pesada crise que enfrentou durante todo o ano passado.

Cardozo reconhece que a votação do Supremo Tribunal Federal (STF), estabelecendo ritos para o processo do impeachment, abriu espaço para que o governo possa se recuperar politicamente.

Na sua visão, está cada vez mais claro para a opinião pública que o pedido de impedimento foi motivado apenas por um desejo de vingança do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

"Acho que as condições para um processo de saída da crise agora estão dadas. É evidente que, muitas vezes, tanto no plano econômico, quanto no político, é impossível você controlar todas as variáveis. Mas acho que o ciclo da situação política determinando a crise econômica está claramente se interrompendo", disse Cardozo, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

"A realidade política começa a ser pacificada. Começa, cada vez mais, a se caracterizar a rejeição a um impeachment. Ou seja, fica cada vez mais claro que o impeachment não é solução. A própria oposição hoje se encontra numa situação difícil por insistir num processo de impeachment, que tem pecado original mortal, que é ter sido desencadeado como uma retaliação, a partir de um presidente da Câmara dos Deputados que está sendo investigado", afirmou o ministro, numa referência a Cunha. 

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