Arthur Virgílio: "Fizeram uma molecagem", disse o prefeito de Manaus ao se referir à decisão do partido de realizar apenas um debate entre os dois (Pedro França/Agência Senado)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 20h30.
Última atualização em 23 de fevereiro de 2018 às 20h31.
- O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, desistiu de disputar prévia com o governador paulista Geraldo Alckmin pelo posto de candidato à Presidência pelo PSDB. De acordo com ele, a prévia que estava sendo organizada pelo partido, que tem Alckmin como líder nacional desde dezembro, seria uma "fraude". Virgílio Neto ainda classificou o paulista como um "cínico". "Me recuso a participar de uma fraude, de um simulacro de eleição", disse.
A decisão foi tomada na noite desta sexta-feira, 23, após a executiva nacional definir as regras da prévia. "Fizeram uma molecagem", disse, ao se referir à decisão do partido de realizar apenas um debate entre os dois. Virgílio Neto defendia ao menos três embates e um deles em São Paulo, governado há mais de sete anos consecutivos por Alckmin.
O comunicado oficial às lideranças do partido ainda não foi feito. À reportagem, Virgílio Neto afirmou que não tem "vontade nenhuma" de ajudar na campanha presidencial de Alckmin e não descarta, como consequência, ser expulso da legenda. "Já que não expulsam os ladrões do PSDB, quem sabe não me expulsam?", ironizou.
Com a prévia nacional descartada, Alckmin deve trabalhar agora para um entendimento entre os pré-candidatos tucanos ao governo paulista a fim de evitar também aqui um pleito interno para a escolha de seu sucessor. A executiva paulista da legenda havia determinado, na última segunda, que a disputa ocorresse no mesmo dia da prévia nacional, marcada anteriormente para 18 de março.