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Após motim, presos de Natal ameaçam retaliação nas ruas

Presos disseram que a resposta ao PCC não ficará somente dentro das unidades carcerárias, ameaçando levar a briga para as ruas

Preso; presos; algemas; presídio (Getty Images/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 11h33.

Natal - A rebelião no Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato Fernandes, em Natal , foi controlada pelos agentes carcerários do Grupo de Operações Especiais (GOE) na manhã desta segunda-feira, 16.

De acordo com a administração da unidade, não há registro de mortos e ainda estava sendo feito durante a manhã o levantamento de danos causados à estrutura do prédio.

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O motim teve início na madrugada desta segunda-feira e durou aproximadamente três horas. Segundo o diretor do estabelecimento, Alexandro Coutinho, cinco agentes carcerários faziam guarda no presídio no momento da rebelião.

O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte (Sispern) informou que a unidade abriga hoje 496 apenados.

Os detentos ameaçavam invadir o Pavilhão 2, onde estão encarcerados os presos de melhor comportamento e que ajudam nos serviços gerais do presídio.

Eles não são aceitos nos demais pavilhões e constantemente são constrangidos pelos demais presidiários.

Coutinho confirmou que os detentos informaram à direção que o motim foi uma represália ao massacre registrado no sábado, 14, na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na região metropolitana de Natal .

Na ocasião, 26 presos ligados à facção Sindicato do Crime do RN (SDC) foram assassinados por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O Sindicato dos Agentes Penitenciários afirmou que os presos disseram que a resposta ao PCC não ficará somente dentro das unidades carcerárias.

O massacre em Alcaçuz ocorreu durante uma rebelião que durou aproximadamente 14 horas. O motim teve início no final da tarde do sábado, 14, e as forças de segurança do Estado só conseguiram adentrar na penitenciária e acabar com a confusão já na manhã do Domingo (15).Entre os mortos, havia presos carbonizados e também decapitados.

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