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Após escândalo, Blatter pede que Havelange deixe a Fifa

Documento da Fifa confirma que os brasileiros João Havelange, ex-presidente da entidade, e Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, receberam suborno da ISL

Fifa: Blatter assumiu a presidência da Fifa em 1998 (Julian Finney/Getty Images)

Fifa: Blatter assumiu a presidência da Fifa em 1998 (Julian Finney/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2013 às 13h54.

Zurique - A revelação de que esteve envolvido em escândalos de recebimento de propina parece ter diminuído o prestígio de João Havelange na Fifa. Neste domingo, um jornal suíço reproduziu uma entrevista com Joseph Blatter, na qual o presidente da entidade afirma que o brasileiro deveria deixar o cargo de presidente de honra do maior órgão do futebol mundial.

"Ele tem que ir. Ele não pode permanecer como presidente de honra depois destes incidentes", declarou Blatter ao SonntagsBlick. "Havelange é e foi um grande dirigente. Ele é multimilionário. Para mim era inconcebível que ele recebesse propina. Ele não precisava", completou.

A Fifa divulgou na última quarta-feira um documento para confirmar que os brasileiros João Havelange, ex-presidente da entidade, e Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, receberam suborno da ISL, que faliu em 2001. Segundo o processo, Teixeira recebeu US$ 13 milhões (em valores atualizados) entre 1992 e 1997, enquanto Havelange ganhou US$ 1 milhão (também em valores atualizados) em 1997 da empresa de marketing em troca de vantagens no processo de venda dos direitos de transmissão da Copa do Mundo.

Blatter assumiu a presidência da Fifa em 1998, substituindo justamente João Havelange, para quem trabalhava como diretor. Apesar de já estar envolvido com a entidade no período em que os pagamentos de propina ocorreram, o suíço garantiu que não tinha conhecimento do escândalo.

"Eu só fiquei sabendo disso (dos pagamentos), depois do colapso da agência ISL, em 2001", afirmou. "Foi a própria Fifa que abriu o inquérito criminal na época e desde então tem acompanhado o desenrolar do caso ISL", completou.

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