Moa do Katendê: o autor da agressão saiu do estabelecimento, buscou uma arma branca na sua residência e retornou ao bar (Moa do Katendê/Facebook)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2018 às 16h53.
Última atualização em 8 de outubro de 2018 às 16h57.
São Paulo — Na madrugada desta segunda-feira (8), uma discussão política terminou com a morte de um mestre de capoeira, em Salvador, na Bahia.
Algumas horas após sair o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais deste ano, um homem chamado Paulo Sérgio Ferreira Santana, 36 anos, atacou Romualdo Rosário da Costa, 63 anos, conhecido como "Moa do Katendê", com doze facadas.
Segundo informações do jornal O Globo, a confusão teria começado por volta das 2h40, após Santana gritar palavras de apoio ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). O mestre de capoeira teria respondido que, ali, as pessoas preferiam o Partido dos Trabalhadores (PT).
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia afirmou que após o desentendimento "o autor da agressão saiu do estabelecimento, buscou uma arma branca na sua residência e retornou ao bar".
De acordo com o órgão, um parente de "Moa do Katendê" também foi atingido no braço e está internado no Hospital Geral do Estado. "O capoeirista morreu no local e seu parente foi socorrido". Seu estado de saúde, no entanto, não foi divulgado.
Segundo a Polícia Militar da Bahia, assim que o ataque ocorreu, o acusado foi perseguido e preso em flagrante.
"A PM foi acionada, por meio do Centro Integrado de Comunicações (Cicom), com informações de que dois homens tinham sido atingidos por golpes de faca e imediatamente deslocou uma equipe ao referido endereço. No local, os policiais receberam a denúncia de que o autor do crime teria fugido para um beco próximo e iniciaram as buscas. Os policiais avistaram um rastro de sangue que levava até uma casa e prenderam em flagrante o homicida escondido no banheiro. Ele já estava com uma mochila com roupas no intuito de fugir", afirmou o órgão em nota.
Em depoimento, o autor do ataque disse que "foi xingado e que estava consumindo bebida alcoólica desde a manhã de domingo". Ele contou que ainda que "estava arrependido".
A delegada do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa, Milena Calmon, responsável pelo caso, esclareceu que ouvirá outras testemunhas.