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Após crise, auxiliar de Aras retira candidatura ao conselho da PGR

A eleição será realizada na próxima terça-feira para duas cadeiras do conselho

Aras: auxiliar retirou candidatura (Adriano Machado/Reuters)

Aras: auxiliar retirou candidatura (Adriano Machado/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 28 de junho de 2020 às 15h13.

Última atualização em 28 de junho de 2020 às 17h38.

Após ter sido protagonista da crise deflagrada na última sexta-feira da Procuradoria-Geral da República (PGR) com a Lava-Jato, a subprocuradora-geral da República Lindora Araújo anunciou neste domingo a retirada de sua candidatura ao Conselho Superior da PGR, órgão máximo de deliberação sobre a gestão do Ministério Público Federal.

A eleição será realizada na próxima terça-feira para duas cadeiras do conselho. Desta vez, estão aptos a votar o colégio de subprocuradores-gerais da República, último grau da carreira. Na semana passada, houve eleição com votação de toda a categoria de procuradores e foram eleitos dois adversários do procurador-geral da República Augusto Aras. Lindora é coordenadora do grupo da Lava-Jato da PGR e uma das auxiliares de mais confiança do procurador-geral, que apoiava sua candidatura para ampliar sua base de apoio no Conselho Superior.

“Colegas, em razão de inúmeras atividades que venho exercendo, resolvi retirar minha candidatura ao CSMPF pelo colégio de subprocuradores”, escreveu Lindora em mensagem enviada na rede interna neste domingo.

Ela não cita a crise com a Lava-Jato como uma razão para a retirada da candidatura, mas fontes da PGR apontam que o episódio provocou um desgaste interno e motivou a desistência.

Na mensagem, a subprocuradora também afirmou: “Aproveito ainda para agradecer todo o carinho recebido, que tem um significado muito especial”.

O GLOBO revelou na sexta-feira que a força-tarefa da Lava-Jato enviou um ofício à Corregedoria do MPF acusando Lindora de ter realizado uma manobra ilegal para obter dados sigilosos da operação. Também a acusou de realizar uma espécie de inspeção informal nos trabalhos da força-tarefa, sem aval da Corregedoria. Depois do episódio, os procuradores do grupo de trabalho da Lava-Jato em Brasília pediram demissão coletiva.

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