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Após 4 anos em queda, cresce o número de famílias na miséria

Grupo em "pobreza extrema", que recebe menos do que 1/4 de salário mínimo per capita, foi o que mais cresceu entre 2014 e 2015

pobreza (Marcello Casal Jr/ABr)

pobreza (Marcello Casal Jr/ABr)

Bárbara Ferreira Santos

Bárbara Ferreira Santos

Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 12h19.

Última atualização em 2 de dezembro de 2016 às 12h23.

São Paulo - O número de famílias na miséria, ou seja, com rendimento per capita inferior a 1/4 do salário mínimo, voltou a crescer em 2015 no Brasil após quatro anos de queda.

A informação foi divulgada nesta sexta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no estudo Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2016.

O grupo que mais cresceu entre 2014 e 2015 foi o classificado como em "pobreza extrema", ou seja, que recebe menos do que 1/4 de salário mínimo per capita. O índice saiu de 7,9% para 9,2% em um ano. Em 2011, o valor correspondia a 8,5%.

No ano passado, 17% das famílias brasileiras estavam em "pobreza absoluta", ou seja, ganhavam valor entre 1/4 e meio salário mínimo per  capita.

Somados os dois grupos, o total de famílias em situação de pobreza atingiu quase 24%, um aumento de 2% em relação a 2014.

Distribuição de renda

Embora o salário mínimo tenha aumentado de R$ 724 para R$ 788 de 2014 para 2015, os rendimentos de aposentadoria e pensão caíram no mesmo período.

Para as famílias com até 1/4 de salário mínimo per capita, os rendimentos de aposentadoria e pensão caíram de 38% para 36,3% enquanto os rendimentos de trabalho aumentaram de 55,7% para 56,7%.

No grupo com renda entre 1/4 e 1/2 salário mínimo, caíram tanto os rendimentos de aposentadoria e pensão (de 14,8% para 13,5%) quanto de trabalho (de 70% para 69,6%).

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