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Apoio do PMDB da Câmara garantiu sessão aberta da CPI

Paulo Roberto Costa foi questionado por membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras por quase três horas

Paulo Roberto da Costa durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Paulo Roberto da Costa durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 20h32.

Brasília - O PMDB da Câmara fechou fileiras com o PT e garantiu na tarde desta quarta-feira, 17, que a oitiva do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator de um suposto esquema de pagamento de propina na Petrobras, ocorresse em uma sessão aberta ao público.

Paulo Roberto, que desde o dia 29 presta uma série de depoimentos à Justiça em um acordo de delação premiada e nos quais tem revelado suspeitas de pagamento de propina a políticos aliados do governo, foi questionado nesta quarta-feira por membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras por quase três horas.

Ele permaneceu em silêncio e não respondeu a nenhuma das perguntas para preservar os termos da delação premiada que tenta obter.

Com o argumento de que em uma reunião secreta o delator poderia revelar alguma informação, parlamentares da oposição pressionaram para que o presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), transformasse a reunião em sigilosa.

Já aliados do Palácio do Planalto trabalharam para manter a CPMI aberta ao público e não passar a imagem de que o governo estaria querendo abafar o caso.

Um requerimento chegou a ir a votação, mas a base saiu vitoriosa por 11 votos a 9.

Além de quatro votos dos petistas presentes - senadores Humberto Costa (PE) e Aníbal Diniz (AC) e deputados Marco Maia (RS) e Iriny Lopes (ES) -, o governo contou com o apoio de PSD, PR e PROS da Câmara e de PCdoB e PDT do Senado.

A conta saiu favorável para a base com o voto de dois deputados do PMDB que participaram da sessão, Lúcio Vieira Lima (BA) e Sandro Mabel (GO).

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que não votou por ser suplente do colegiado, foi o único integrante da CPMI citado em reportagens como participante do esquema montado na Petrobras a comparecer.

Ele pediu que Paulo Roberto confirmasse os nomes dos políticos que teriam recebido recursos, mas o ex-dirigente permaneceu calado.

Presidente do PP e também citado nas denúncias, o senador Ciro Nogueira (PI) não marcou presença porque, segundo sua assessoria, estava em viagem no momento da sessão.

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