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Aplicativo terá botão de pânico contra violência doméstica em SP

Programa será ampliado para as regiões norte e sul da capital no dia 1º de novembro

Imagem de arquivo: o Guardiã atende hoje 170 mulheres da região central de São Paulo (Getty Images/Getty Images)

Imagem de arquivo: o Guardiã atende hoje 170 mulheres da região central de São Paulo (Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de outubro de 2018 às 09h34.

São Paulo - Criado para atender mulheres vítimas de violência doméstica, o programa Guardiã Maria da Penha - parceria entre a Guarda Civil Metropolitana e o Ministério Público de São Paulo - será ampliado. Começa a funcionar nesta quarta-feira, 24, um aplicativo com função de botão de pânico.

"Eu encorajo todas as mulheres a tomarem a mesma iniciativa que tomei. Não somos obrigadas a viver sendo espancadas e não devemos ter medo de denunciar", afirma Susana, uma dona de casa de 49 anos que enfrentou problemas de violência com o marido e o filho e pediu medida protetiva. "Acredito que vou ficar mais protegida com o aplicativo. Só um clique e a ajuda vem imediatamente."

O Guardiã atende hoje 170 mulheres da região central de São Paulo. E será ampliado para as regiões norte e sul da capital no dia 1º de novembro. Desde 2014, a iniciativa já realizou 42.814 visitas e atendeu 1.888 mulheres. Na prática, o MP encaminha os casos de medidas protetivas para a GCM, com classificação de risco verde, amarela ou vermelha, pela gravidade. A equipe vai até a casa da vítima, apresenta-se e passa as orientações. Após o primeiro contato e a inclusão no programa, há rondas nos locais onde a mulher se sente ameaçada.

Até esta terça-feira, 23, caso estivesse em situação de emergência e precisasse pedir o socorro de guardas-civis, a única opção da vítima seria telefonar para o 153. Hoje o aplicativo é mais uma possibilidade de acionamento.

Em Sorocaba, no interior paulista, um app de botão do pânico funciona desde fevereiro - e já teve 50 acionamentos. Em outras cidades de São Paulo, as vítimas podem recorrer ainda ao aplicativo Juntas (PLP 2.0) que "pede socorro a pessoas cadastradas".

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