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Apesar de referendo, Acre mantém fuso horário

Em 2008, o senador Tião Viana, hoje governador do Estado, apresentou uma lei que alterava o horário do Acre e de parte do Amazonas e do Pará. Acreanos não obedeceram

Governador do Acre, Tião Viana: Câmara concluiu que o referendo não foi válido (Agência Brasil)

Governador do Acre, Tião Viana: Câmara concluiu que o referendo não foi válido (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2011 às 10h34.

São Paulo - Os acreanos não sabem ao certo qual fuso horário será adotado pelo Estado. Um referendo realizado em outubro do ano passado apontou que 56,8% da população prefere atrasar os relógios em uma hora e, assim, ficar a duas horas de diferença de Brasília. No entanto, até agora os relógios não foram acertados, pois a Câmara Federal concluiu que a consulta popular não foi válida.

A confusão começou em 2008, quando o então senador Tião Viana (PT), hoje governador do Estado, apresentou uma lei que alterava o horário do Acre e de parte do Amazonas e do Pará, em vigor desde 1913. O texto foi aprovado e os acreanos tiveram de adiantar os relógios em uma hora, ficando com uma hora de diferença de Brasília.

A mudança, no entanto, não foi bem aceita pelos acreanos, e a Câmara decidiu pelo referendo. Passados quase cinco meses da consulta popular, a Câmara concluiu que o referendo não foi válido porque os moradores de parte do Amazonas e Pará, onde a lei de 2008 também vigora, não foram consultados.

Embora haja muita expectativa, o impasse sobre a hora definitiva do Acre deve se estender por pelo menos mais 30 dias, quando o Senado deverá votar um projeto de lei que ratifica o resultado do referendo, restabelecendo o fuso horário de 1913. O texto está em elaboração na Comissão de Constituição e Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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