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"Apenas apoiei o candidato com menos votos", diz Cunha

Para o presidente da Câmara, o resultado da votação do PMDB não representa derrota nem vitória para ele ou para o governo


	Eduardo Cunha: "Eu não perdi, pois não estava disputando. Quando eu concorri nunca perdi", disse o parlamentar
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Eduardo Cunha: "Eu não perdi, pois não estava disputando. Quando eu concorri nunca perdi", disse o parlamentar (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 19h18.

Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), minimizou na noite desta quarta-feira, 17, a derrota de Hugo Motta (PR), candidato apoiado por ele na disputa pela liderança do PMDB na Casa.

Para Cunha, o resultado da votação não representa derrota nem vitória para ele ou para o governo.

"Eu não perdi, pois não estava disputando. Quando eu concorri nunca perdi. Apenas apoiei o candidato com menos votos", declarou Cunha, admitindo que errou o prognóstico da votação.

Motta perdeu a disputa para Leonardo Picciani (RJ), seu único adversário, por 37 votos a 30. Houve dois votos em branco.

"Eleição de Picciani não é vitória nem derrota de ninguém. Eu diria que Hugo Motta é até mais defensor do governo, inclusive votou na presidente Dilma Rousseff", disse o presidente da Casa.

Cunha avaliou que a vitória de Picciani não interfere na continuidade do processo de impeachment contra a presidente, instaurado por ele.

A derrota de seu candidato também não demonstra um enfraquecimento de sua influência no partido, diz Cunha. "Não estou nem nunca estive isolado na bancada do PMDB."

Em entrevista coletiva após a eleição, Cunha reconheceu a vitória de Picciani. "Na última votação, em 2015, foi uma vitória artificial porque houve apenas um voto de diferença. Desta vez a diferença foi considerável. Ele venceu".

Questionado se acha que houve irregularidades na campanha por parte de Picciani, o presidente da Câmara afirmou que, se aconteceu, "certamente será uma questão de tempo para isso se tornar público".

"Eu não quero falar, não cabe a mim falar, porque não sou candidato. Aí vocês têm que ir para o Hugo. Se isso aconteceu, certamente vai se tornar público".

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