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Ao menos 22 juízes do TJRJ são escoltados após ameaças de milicianos

Grupo de milicianos que foi alvo de operação nesta quinta tentou intimidar juízes, diz presidente do tribunal

Rio: juízes ameaços por milicianos precisam de escolta no Rio (EyeEm/Getty Images)

Rio: juízes ameaços por milicianos precisam de escolta no Rio (EyeEm/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 30 de janeiro de 2020 às 17h00.

Rio — Ao menos 22 juízes do Tribunal de Justiça do Rio estão sendo ameaçados por grupos de milicianos e necessitam de escolta. O grupo paramilitar alvo da operação desta quinta-feira também foi um de que tentou intimidar juízes. No último ano, o TJ criou a 1ª Vara Criminal Especializada no Combate ao Crime Organizado. Além de concentrar os processos ligados à milicia e lavagem de dinheiro, um dos objetivos da nova vara é proteger a integridade dos magistrados atualmente ameaçados.

"São três juízes que atuam na vara e que podem até assinar a sentença juntos. Os magistrados de Jacarepaguá e de outras áreas já estão trabalhando com mais tranquilidade. Ninguém teme ameaça. O Judiciário está agindo e atento. Foram 33 prisões. Foi uma resposta dura e o primeiro caso de muitos", afirmou Claudio de Mello Tavares, presidente do TJ.

O desembargador também fez duras criticas aos agentes públicos que foram denunciados por participarem da quadrilha:

"É lamentável que um agente do Estado que trabalha em uma delegacia de visibilidade venha prestar informações a um miliciano. Não só os milicianos, são os policiais fardados, são os policiais civis. Temos que combater. E esses têm que responder com mais rigor ainda porque deveriam proteger a sociedade", afirmou Mello.

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