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Ao deixar cargo, Hage reforça necessidade de novo "ciclo"

Segundo o ministro, as empresas de economia mista ficam fora do sistema de controle do Poder Executivo, sobretudo na prevenção de irregularidades


	Brasil deve viver agora um "segundo ciclo" do controle público com foco nas empresas estatais, disse Hage
 (Antonio Cruz/Abr)

Brasil deve viver agora um "segundo ciclo" do controle público com foco nas empresas estatais, disse Hage (Antonio Cruz/Abr)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 16h29.

Brasília - Ao passar o comando da Controladoria-Geral da União (CGU) para o novo ministro Valdir Simão, Jorge Hage reforçou na tarde desta sexta-feira, 2, a necessidade de aprimorar no País o controle das estatais, sobretudo as de economia mista, como a Petrobras.

O Brasil deve viver agora um "segundo ciclo" do controle público com foco nas empresas estatais, disse Hage, na cerimônia de transmissão de cargo. No início de dezembro, no Dia Internacional de Combate à Corrupção, Hage anunciara sua saída fazendo os apontamentos do que acredita ser necessário para avançar no controle público. Reiterou tudo hoje.

Segundo o ministro, as empresas de economia mista ficam fora do sistema de controle do Poder Executivo, sobretudo na prevenção de irregularidades. "E é bom lembrar que é por elas que passa hoje a parcela mais vultosa dos investimentos federais", disse ele.

Cada uma das empresas, segundo Hage, precisaria de uma estrutura de controle interno própria "e efetiva", com competências que vão além da auditoria interna. "Conforme já tive oportunidade de dizer, o que acaba de ser descoberto na Petrobras constitui clara evidência do que afirmo", disse Hage.

Ele lembrou que, apenas na Petrobras, há atualmente sete ações importantes de auditoria - incluindo os casos SBM Offshore e aquisição de Pasadena - e cerca de 40 processos de responsabilização de agentes públicos e empresas corruptoras.

Reforma

Jorge Hage defendeu ainda em seu discurso de despedida a necessidade da realização de reformas política e do processo judicial. Para ele, a despeito de dependerem do Congresso Nacional, as reformas "só acontecerão se forem abraçadas e lideradas pelo Executivo".

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