Presidente Dilma faz discurso durante a posse dos três novos ministros que aconteceu na manhã de hoje em Brasília (Valter Campanato/ABr)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2013 às 13h53.
Brasília - No discurso de posse de três novos ministros, movimento que atende a PMDB e PDT, a presidente Dilma Rousseff afirmou neste sábado que não acredita ser possível dirigir um país sem dar valor a coalizões e que governar é "escolher entre várias alternativas".
A presidente deu posse ao novo ministro da Agricultura, Antonio Andrade, do PMDB de Minas Gerais, a Moreira Franco, também do PMDB, que deixou a Secretaria de Assuntos Estratégicos para assumir a Aviação Civil, e a Manoel Dias, do grupo majoritário do PDT, que assumiu a pasta do Trabalho e Emprego.
Os três movimentos significaram trocas de pessoas de confiança da presidente por aliados políticos a um ano e meio da eleição presidencial na qual Dilma deve repetir a dobradinha com o PMDB do vice Michel Temer para tentar a reeleição e para a qual quer garantir o apoio do PDT, entre outros partidos.
"Algumas pessoas acreditam que a coalizão é algo, do ponto de vista político, incorreto, nós estamos assistindo em lugares do mundo processos de deterioração da governabilidade justamente pela incapacidade de construir coalizões", disse ela em seu discurso. "Vemos isso na Itália ... Vemos isso também nos conflitos sobre a questão fiscal dos Estados Unidos." "Então a capacidade de estruturar coalizões é crucial para um país, especialmente num país com essa diversidade... com esta dimensão", acrescentou.
A presidente --única a discursar na cerimônia de posse de apenas 40 minutos, marcada para um sábado pela manhã por conta de sua viagem à Roma no domingo, para acompanhar o início do papado de Francisco 1o-- agradeceu aos três demissionários.
Ressaltou a competência técnica de Wagner Bittencourt, que deixou a Secretaria da Aviação Civil depois de organizar a área, a Mendes Ribeiro, que deixou a Agricultura e a quem chamou de "Mendesinho" e amigo pessoal, e a Brizola Neto, que deixou o Ministério do Trabalho, e a quem também chamou de "Brizolinha".