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Anvisa se reunirá com Johnson & Johnson para discutir uso de vacina

Barra Torres participou de audiência pública no Senado para dar panorama sobre vacinação no Brasil

 (Dado Ruvic/Illustration/File Photo/Reuters)

(Dado Ruvic/Illustration/File Photo/Reuters)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 4 de março de 2021 às 21h32.

O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, anunciou nesta quinta-feira, 4, que se reunirá com representantes da Johnson & Johnson, no próximo dia 16, para discutir o uso emergencial da vacina Janssen contra a covid-19, fabricada pelo grupo farmacêutico. Barra Torres participou de audiência pública no Senado para dar um panorama sobre a vacinação no país.

"Estamos recebendo agora a notícia de que a empresa Johnson & Johnson, divisão Janssen, solicita à Anvisa reunião, já com data marcada para o dia 16 de março, para a submissão de autorização de uso emergencial. Acho que esta sessão é abençoada com a sorte e também com as bênçãos de Deus. Temos aí uma boa notícia referente a mais uma vacina para ser concretizada", anunciou Barra Torres.

O Ministério da Saúde anunciou na última quarta-feira, 3, que assinará contrato com a Johnson & Johnson para compra de 38 milhões de doses da vacina. As doses devem ser entregues no segundo semestre do ano. O governo publicou a intenção de compra no Diário Oficial da União (DOU) na quarta. A vacina Janssen é ministrada em apenas uma dose.

A diretora da Anvisa Meiruze Freitas, que também participou da sessão, afirmou que a reunião solicitada pela Johnson & Johnson é de pré-submissão, etapa anterior ao pedido de uso emergencial da vacina. “Esse pedido ocorrerá, possivelmente, posterior à reunião. A reunião é preparatória para o pedido. A Anvisa está trabalhando sempre com o menor prazo possível. Trabalhando para conceder essa avaliação dentro do prazo de nove dias”, disse.

O Ministério da Saúde divulgou um novo cronograma para entrega de vacinas em março, com quase 8 milhões de doses a menos do que o previsto no cronograma anterior, divulgado em fevereiro. A previsão é de 38 milhões de doses para este mês. Antes, era de 46 milhões. O documento foi entregue aos senadores durante a sessão.

Segundo o ministério, o motivo é a diminuição do número de doses fornecidas pela AstraZeneca, que entregará quatro milhões de doses a menos. As doses viriam da Índia. A estimativa de vacinas produzidas pela Fiocruz também diminuiu pela demora da chegada do insumo vindo da China. Doses esperadas da Sputnik V também foram adiadas para abril.

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