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Anvisa define protocolos para temporada de cruzeiros no Brasil

Os passageiros obrigatoriamente terão que estar vacinados e os cruzeiros precisarão realizar testagem diária para a covid-19 em 10% dos viajantes

Cruzeiros: expectativa da Clia Brasil é que a retomada gere R$ 2,5 bilhões para a economia (Henrique Casinhas/Getty Images)

Cruzeiros: expectativa da Clia Brasil é que a retomada gere R$ 2,5 bilhões para a economia (Henrique Casinhas/Getty Images)

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André Martins

Publicado em 29 de outubro de 2021 às 12h12.

Última atualização em 29 de outubro de 2021 às 13h07.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira, 29, protocolos dos critérios sanitários para operação de navios de cruzeiro no Brasil. Suspensos no país desde o início da pandemia de covid-19, os cruzeiros marítimos retornarão à costa brasileira na próxima segunda-feira, 1º de novembro. 

O anúncio dos protocolos aconteceu em uma reunião extraordinária da Diretoria Colegiada da Anvisa, realizada especificamente para tratar do assunto. O relator das regras para volta dos Cruzeiros foi o gerente-geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados, Nélio Cézar de Aquino.

A agência definiu que para embarcar os passageiros precisarão apresentar comprovante de vacinação completa, teste de covid-19 e preencher formulário de triagem de condições de saúde 6 horas antes do embarque. O uso de máscara a bordo será obrigatório. Foi definido que 10% dos viajantes e tribulantes devem ser testados diariamente.

Segundo Aquino, a retomada das operações será nos portos localizados em estados e municípios que definirem plano de operacionalização. A fiscalização dos protocolos ocorrerá nas embarcações e nos portos. 

Protocolos definidos pela agência para Cruzeiros

  • Ocupação máxima inicialmente de 75% da embarcação;
  • Distanciamento entre grupos de viajantes de no mínimo 1,5 metro;
  • Tripulantes e passageiros vacinados; se estiverem elegíveis pelo Plano Nacional de Imunização para receber as doses;
  • Uso de máscaras a bordo e em terminais de passageiros;
  • Mínimo 10% da tripulação e 10% dos passageiros testados diariamente.
  • Notificação de casos diariamente
  • Aprovação prévia pela Anvisa;
  • A embarcação deve dispor de equipe de saúde habilitada e treinada;
  • Monitoramento de saúde dos viajantes;
  • Equipamentos e insumos para atendimento dos viajantes;
  • Suprimentos laboratoriais;
  • Desembarque emergencial;

A Anvisa definiu também que as atividades das embarcações e dos terminais podem ser suspensas, caso identificado algum risco à saúde pública ou em decorrência do descumprimento das normas sanitárias vigentes. Em 10 de setembro, a agência havia informado que as evidências sanitárias e epidemiológicas ainda não apontavam a retomada dos cruzeiros como ação segura. 

Empresas, como MSC Cruzeiros e Costa Cruzeiros, já inciaram vendas de pacotes para o fim de 2021 e começo de 2022. Preços estão em torno de R$ 1.800 para um cruzeiro de 3 noites saindo do Rio de Janeiro e desembarcando em Santos. A expectativa é que o primeiro cruzeiro no Brasil a transportar turistas na pandemia será o MSC Preziosa, em 5 de novembro.

Estimativas

No inicio de outubro, Ministério do Turismo publicou uma portaria autorizando a volta dos cruzeiros. A expectativa da Clia Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos) é que a retomada gere R$ 2,5 bilhões para a economia e criar 35 mil empregos, o que representaria crescimento de 11% em relação à temporada 2019/2020.

Para a temporada de cruzeiros 2021/2022, que vai de novembro até abril do próximo ano, estão previstos sete navios, informou o Ministério do Turismo. As embarcações devem ofertar mais de 566 mil leitos, 35 mil a mais que na temporada 2019/2020, e farão cerca de 130 roteiros e 570 escalas em portos brasileiros. Entre os destinos previstos, estão Rio de Janeiro, Santos, Salvador, Angra dos Reis, Balneário Camboriú, Búzios, Cabo Frio, Fortaleza, Ilha Grande, Ilhabela, Ilhéus, Itajaí, Maceió, Porto Belo, Recife e Ubatuba.

Cruzeiros na pandemia

No inicio da pandemia, em março de 2020, diversos casos de covid-19 foram identificados dentro de cruzeiros marítimos. Navios precisaram ficar nos portos de origem em isolamento e a temporada foi interrompida.

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