Vice rompe com Del Nero e ameaça levar denuncias à CBF
Estratégia para que Delfim não assuma: a manobra de Del Nero para tentar eleger o coronel Antônio Nunes não foi bem aceita por outros dirigentes
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 11h14.
Rio - Marcada para quarta-feira, a eleição para vice-presidente da CBF se transformou em uma batalha jurídica e abriu um racha no comando da entidade.
A manobra do presidente licenciado Marco Polo Del Nero para tentar eleger o coronel Antônio Nunes, presidente da Federação Paraense, não foi bem aceita por outros dirigentes e fez ampliar o bloco da oposição.
Gustavo Feijó, vice-presidente da região Nordeste da CBF, promete fazer nesta terça-feira na sede da entidade uma série de denúncias contra a atual gestão.
"Além desta convocação para a eleição de vice-presidente, há muitos outros atos irregulares. Vou levar um documento com todos os artigos do estatuto que não estão sendo respeitados. Não posso concordar com o que vem acontecendo na CBF", disse Feijó ao jornal à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
O dirigente não quis revelar o teor das denúncias, mas antecipou que o alvo é Del Nero.
"Não concordo com o pedido de licença. Estou muito decepcionado com ele. Até alguns dias atrás, eu acreditava no Del Nero porque eu perguntava se ele tinha culpa no cartório e ele dizia que não devia nada. Mas, se quem não deve não teme e não precisa ter medo, porque ele pediu licença?", questiona.
Feijó lidera um grupo de oito federações do Nordeste que passaram a fazer oposição a Del Nero: Alagoas, Pernambuco, Piauí, Bahia, Paraíba, Sergipe, Rio Grande do Norte e Maranhão.
Antes, apenas as federações de Santa Catarina e Rio Grande do Sul se declaravam publicamente contrárias à gestão de Del Nero.
A eleição para vice-presidente da CBF está suspensa pela Justiça desde a última sexta-feira. Nesta segunda-feira, o juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2.ª Vara Cível, negou recurso da CBF, manteve a suspensão e ainda estabeleceu multa de R$ 100 mil caso a entidade descumpra a sua decisão de suspender o pleito.
A medida, complementar à liminar concedida na semana passada, é para evitar que a CBF realize a eleição "de qualquer maneira".
Em seu despacho, o juiz afirma que tomou a decisão de aplicar a multa caso a eleição fosse disputada diante da "notícia de que a ré pretende realizá-la de qualquer maneira, gerando insegurança jurídica e desrespeito à ordem já emanada".
Na última sexta-feira, Olinto Filho acatou pedido de Delfim de Peixoto, presidente da Federação Catarinense e vice-presidente mais velho da CBF, de suspender a eleição. O juiz alegou que havia "indícios de irregularidades" no processo.
Coronel Nunes é candidato único à vaga de vice de José Maria Marin, que está em prisão domiciliar nos Estados Unidos.
A estratégia de Del Nero é eleger Nunes, que tem 77 anos e, assim, passaria a ser o vice mais velho. O plano foi montado para impedir que Delfim, que tem 74 anos, assuma o poder.
Desde a licença de Del Nero, o presidente interino da CBF é o deputado federal Marcus Vicente (PP-ES).
O parlamentar só assumiu o cargo porque Del Nero pediu licença e pôde indicar o vice que o substituiria. Em caso de renúncia, o vice mais velho assume a presidência.
Rio - Marcada para quarta-feira, a eleição para vice-presidente da CBF se transformou em uma batalha jurídica e abriu um racha no comando da entidade.
A manobra do presidente licenciado Marco Polo Del Nero para tentar eleger o coronel Antônio Nunes, presidente da Federação Paraense, não foi bem aceita por outros dirigentes e fez ampliar o bloco da oposição.
Gustavo Feijó, vice-presidente da região Nordeste da CBF, promete fazer nesta terça-feira na sede da entidade uma série de denúncias contra a atual gestão.
"Além desta convocação para a eleição de vice-presidente, há muitos outros atos irregulares. Vou levar um documento com todos os artigos do estatuto que não estão sendo respeitados. Não posso concordar com o que vem acontecendo na CBF", disse Feijó ao jornal à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
O dirigente não quis revelar o teor das denúncias, mas antecipou que o alvo é Del Nero.
"Não concordo com o pedido de licença. Estou muito decepcionado com ele. Até alguns dias atrás, eu acreditava no Del Nero porque eu perguntava se ele tinha culpa no cartório e ele dizia que não devia nada. Mas, se quem não deve não teme e não precisa ter medo, porque ele pediu licença?", questiona.
Feijó lidera um grupo de oito federações do Nordeste que passaram a fazer oposição a Del Nero: Alagoas, Pernambuco, Piauí, Bahia, Paraíba, Sergipe, Rio Grande do Norte e Maranhão.
Antes, apenas as federações de Santa Catarina e Rio Grande do Sul se declaravam publicamente contrárias à gestão de Del Nero.
A eleição para vice-presidente da CBF está suspensa pela Justiça desde a última sexta-feira. Nesta segunda-feira, o juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2.ª Vara Cível, negou recurso da CBF, manteve a suspensão e ainda estabeleceu multa de R$ 100 mil caso a entidade descumpra a sua decisão de suspender o pleito.
A medida, complementar à liminar concedida na semana passada, é para evitar que a CBF realize a eleição "de qualquer maneira".
Em seu despacho, o juiz afirma que tomou a decisão de aplicar a multa caso a eleição fosse disputada diante da "notícia de que a ré pretende realizá-la de qualquer maneira, gerando insegurança jurídica e desrespeito à ordem já emanada".
Na última sexta-feira, Olinto Filho acatou pedido de Delfim de Peixoto, presidente da Federação Catarinense e vice-presidente mais velho da CBF, de suspender a eleição. O juiz alegou que havia "indícios de irregularidades" no processo.
Coronel Nunes é candidato único à vaga de vice de José Maria Marin, que está em prisão domiciliar nos Estados Unidos.
A estratégia de Del Nero é eleger Nunes, que tem 77 anos e, assim, passaria a ser o vice mais velho. O plano foi montado para impedir que Delfim, que tem 74 anos, assuma o poder.
Desde a licença de Del Nero, o presidente interino da CBF é o deputado federal Marcus Vicente (PP-ES).
O parlamentar só assumiu o cargo porque Del Nero pediu licença e pôde indicar o vice que o substituiria. Em caso de renúncia, o vice mais velho assume a presidência.