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Antes da prisão, João Paulo avalia quadro eleitoral

Para João Paulo Cunha, condenado no processo do mensalão, Aécio não representa o novo, uma novidade. Deputado também fez comentários sobre Eduardo Campos


	Deputado João Paulo Cunha: Cunha também criticou a imprensa, que venderia uma realidade não verdadeira
 (Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados)

Deputado João Paulo Cunha: Cunha também criticou a imprensa, que venderia uma realidade não verdadeira (Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 15h20.

Brasília - Num provável último almoço em liberdade antes da expedição do mandado de sua prisão, o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), condenado no processo do mensalão, fez uma série de avaliações sobre o quadro eleitoral deste ano.

Parte da conversa pôde ser ouvida por jornalistas pela janela do apartamento do deputado, que fica no segundo andar de um prédio funcional no bairro da Asa Sul, área nobre de Brasília.

Na ocasião, o petista avaliou a situação da presidente Dilma Rousseff e fez o seguinte comentário: "Dilma fala que está tudo bem. Ter 40% (aprovação nas pesquisas) para uma eleição às vezes não é mais difícil do que chegar a 51%. De zero a 40% vai, mas de 40% para 51%?", comentou sobre o índice necessário para a eleição de um candidato.

O nome do possível candidato do PSDB para o Planalto, senador Aécio Neves, também foi comentado diversas vezes durante o almoço realizado entre meio-dia e 13h30.

Para o petista, Aécio não representa o novo, uma novidade. João Paulo Cunha também fez comentários sobre o segundo adversário, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Na análise do ex-presidente da Câmara, Campos encontrará dificuldade na eleição em razão da falta de capilaridade nos Estados.

João Paulo Cunha também criticou a imprensa, que venderia uma realidade não verdadeira. Durante o almoço, o nome do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva também foi lembrado.

Uma das frases ouvidas, mas cujo autor não foi possível identificar, foi a seguinte: "Uma mentira que Lula contou, mas que eu perdoei ele". Também não foi possível precisar o contexto da frase e sobre o que os presentes estavam falando ao se referir a essa "mentira de Lula", pois às vezes as falas eram totalmente audíveis, outras vezes, não.

Durante o almoço, não houve sobressaltos na fala de João Paulo Cunha, o que de certa forma demonstra que o clima não é de irritação ou tensão diante da decisão sobre sua prisão, que deve ocorrer ainda hoje. O deputado petista aguarda a emissão do mandado de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para se apresentar à Polícia Federal, em Brasília.

Atualizado às 16h20

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