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Andrés diz que Itaquerão pode custar até R$ 990 milhões

Quando o terreno foi preparado na terraplenagem, a projeção era que o estádio custasse R$ 820 milhões

Itaquerão: variação de R$ 40 milhões se deve aos cálculos sobre pagamento de juros e instalação de estruturas provisórias que serão retiradas depois da Copa (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 18h05.

São Paulo - Responsável pelas obras do Itaquerão , o ex-presidente Andrés Sanchez admitiu nesta terça-feira que o custo final do estádio ficará entre 14% e 18% acima da previsão inicial.

Quando o terreno foi preparado na terraplenagem, a projeção era que o estádio custasse R$ 820 milhões (R$ 400 milhões financiados por meio de empréstimo do BNDES e mais R$ 420 milhões pagos co dinheiro de Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento).

Agora, de acordo com Andrés, a conta ficará entre R$ 950 milhões e R$ 990 milhões.

A variação de R$ 40 milhões se deve aos cálculos sobre o pagamento de juros e a instalação de estruturas provisórias que serão retiradas depois da Copa do Mundo.

Apesar do aumento no valor da obra, o responsável pelas obras considera o valor baixo. Ele não perdeu, inclusive, a chance de cutucar o rival São Paulo, que tem projeto para cobrir o Morumbi orçado em meio bilhão de reais.

"É mais barato (comparativamente) que a cobertura do Morumbi, que custa R$ 500 milhões", disse.

Nesta mesma terça, a Odebrecht fez a entrega simbólica do estádio ao clube. A construtora ainda precisa terminar as coberturas nos setores norte e sul e o asfalto no entorno do estádio.

"Fizemos aqui muito mais do que imaginávamos. A nação corintiana, a cidade de São Paulo, o Brasil vai ter um arena moderna. Aqui é o estádio do Corinthians, mas vai estar aberto a todos. Aqui não é só Corinthians. Aqui vai jogar quem quiser e quem puder. O Corinthians é um time do povo e para o povo", discursou Andrés Sanchez.

São Paulo - Faltando nove meses para a abertura da Copa do Mundo de 2014 , já se pode dizer que a conta do evento pesou mesmo é no bolso dos brasileiros, apesar de promessas em contrário: de cada R$ 10 gastos nos estádios do Mundial , R$ 6 são dinheiro público. Do orçamento total de R$ 8 bilhões das 12 arenas, R$ 4,8 bilhões saíram dos cofres do governo. Só o de Brasília, Mané Garrincha, custou 1,43 bilhão de reais, tendo como principal companhia outro bilionário, o Maracanã . Apenas três estádios foram completamente financiados sem recursos dos governos estaduais.  O governo federal até que não gastou diretamente, mas ajudou com vários incentivos. Um dele é o programa de financiamento do BNDES , que liberou R$3,8 bilhões; o outro é Recopa, regime especial que desonerou a contratação de serviços e a compra de equipamentos de impostos federais como IPI, PIS/Pasep, entre outros.Clique nas fotos para conferir levantamento de EXAME.com feito com a ajuda do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco), que mantém o Portal 2014. *Atualizada no dia 13/9 para mudança dos valores da Arena Fonte Nova, que não contou com recursos públicos em sua construção.
  • 2. Mané Garrincha (Brasília) - R$1,43 bilhão

    2 /12(Mateus Baeta/ Portal da Copa)

  • Veja também

    Valor total: R$ 1,43 bilhão
    Recursos privados: -
    Recursos públicos: R$ 1,43 bilhão
    Entregue em maio de 2013 A obra foi a única a não solicitar o financiamento do BNDES. A viabilidade financeira ocorreu por meio de recursos da Terracap (agência imobiliária pública controlada pelo Distrito Federal e pela União), oriundos da venda de terrenos de propriedade do governo.
  • 3. Maracanã (Rio de Janeiro) - R$ 1,19 bilhão

    3 /12(Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)

  • Valor total: R$ 1,19 bilhão
    Recursos privados: -
    Recursos públicos: R$ 1,19 bilhão
    Entregue em abril de 2013 A obra de reforma do Maracanã foi feita inteiramente com recursos públicos. Os R$ 1,19 bilhões gastos na obra foram viabilizados pelo governo estadual via financiamento do BNDES (R$ 400 milhões) e o restante veio diretamente do caixa do Tesouro Estadual do Rio de Janeiro.
  • 4. Arena da Amazônia (Manaus) - R$ 605 milhões

    4 /12(REUTERS/Bruno Kelly)

    Valor total: R$ 605 milhões (previsto)
    Recursos privados: -
    Recursos públicos: R$ 605 milhões
    Previsão de conclusão: dezembro de 2013 A obra está sendo paga pelo governo do Amazonas, que captou parte do valor - R$ 388,1 milhões - através de financiamento do BNDES.
  • 5. Arena Pantanal (Cuiabá) - R$ 537,5 milhões

    5 /12(Portal da Copa)

    Valor total: R$ 537,5 milhões (previsto)
    Recursos privados: -
    Recursos públicos: R$ 537,5 milhões
    Previsão de conclusão: outubro de 2013 A obra foi inteiramente bancada com recursos do Governo do Mato Grosso, sendo que R$ 337,9 milhões foram captados via financiamento do BNDES.
  • 6. Castelão (Fortaleza) - R$ 518 milhões

    6 /12(Portal da Copa)

    Valor total: R$ 518 milhões
    Recursos privados: -
    Recursos públicos: R$ 518 milhões
    Entregue em dezembro de 2012 O Castelão foi o primeiro estádio da Copa a ser entregue.A obra foi inteiramente financiada pelo governo do Ceará, que conseguiu financiamento do BNDES de R$ 351,5 milhões. Os outros 167 milhões são oriundos do Tesouro Estadual. A operação do estádio é feita pelo Consórcio dasempresas Galvão Engenharia e Andrade Mendonça.
  • 7. Arena da Baixada (Curitiba) - R$ 131 milhões

    7 /12(Portal da Copa)

    Valor total: R$ 265 milhões (previsto)
    Recursos privados: R$ 134 milhões
    Recursos públicos: R$ 131 milhões
    Previsão de conclusão: dezembro 2013Os R$ 131 milhões de recursos públicos foram captados via financiamento do BNDES. O empréstimo foi tomado pelo Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) administrado pela agência de fomento estatal. O restante foi bancado pelo Clube Atlético Paranaense.
  • 8. Arena Fonte Nova (Salvador) - sem recursos públicos

    8 /12(Governo Federal/Portal da Copa)

    Valor total: R$ 591,7 milhões
    Recursos privados: R$ 591,7 milhões
    Recursos públicos: -
    Entregue em abril de 2013 O Estádio foi construído pela Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo do Estado da Bahia e a Fonte Nova Negócios e Participações (FNP).A FNP financiou R$ 323,6 milhões com o BNDES.Além disso, um empréstimo no valor de R$ 250 milhões também foi feito pela FNP com BNB (Banco do Nordeste do Brasil). O restante foi adquiridoatravés do Desenbahia – Agência de Fomento do Estado da Bahia.
  • 9. Arena das Dunas (Natal) - sem recursos públicos

    9 /12(Glauber Queiroz/Portal da Copa)

    Valor total: R$ 400 milhões (previsto)
    Recursos privados: R$ 400 milhões
    Recursos públicos: -
    Previsão de conclusão: dezembro de 2013 A obra foi quase inteiramente financiada pelo BNDES, que liberou R$ 396,5 milhões ao consórcio OAS Arenas, que será administrador do equipamento por 20 anos. O restante também fica a cargo da OAS.
  • 10. Beira-Rio (Porto Alegre) - sem recursos públicos

    10 /12(Portal da Copa)

    Valor total: R$ 330 milhões (previsto)
    Recursos privados: R$ 330 milhões
    Recursos públicos: -
    Previsão de conclusão: dezembro de 2013 A obra está sendo realizada por uma parceria entre o Clube Internacional e a construtora Andrade-Gutierrez. O investimento O Clube aportou parte dos recursos (R$ 26 milhões) e a construtora conseguiu financiamento de R$ 235 milhões via BNDES. Em contrapartida pelo investimento, durante 20 anos, a Andrade Gutierrez, por meio da Sociedade de Propósito Específico, terá direito a explorar todas as novas áreas criadas no estádio.
  • 11. Arena Pernambuco (Recife) - sem recursos públicos

    11 /12(Portal da Copa)

    Valor total: R$ 529,5 milhões
    Recursos privados: R$ 529,5 milhões
    Recursos públicos: -
    Entregue em abril de 2013O estádio foi construído através de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada pelas empresas Odebrecht Participações e Investimentos (OPI) e Construtora Norberto Odebrecht do Brasil. A SPE foi concebida para construir e operar a Arena Pernambuco em regime de parceria público-privada (PPP) com o governo estadual.A empresa conseguiu financiar R$ 400 milhões através do BNDES.
  • 12. Agora, veja exemplos de "legados" que o Brasil não terá

    12 /12(Adidas/Facebook.com)

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