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Por que Temer decidiu voltar para o Jaburu?

Após gastar mais de R$ 24 mil com reparos no Alvorada, Temer decide voltar para a residência oficial da vice-presidência

Escultura em bronze, Leda e o Cisne, de Alfredo Ceschiatti e, ao fundo, painel de Athos Bulcão, obras que ficam abrigadas no Palácio do Jaburu (Aluizio de Assis/Presidência da República/Reprodução)

Marcelo Ribeiro

Publicado em 1 de março de 2017 às 20h50.

Última atualização em 1 de março de 2017 às 21h58.

Brasília - Pouco menos de duas semanas após se mudar para o Palácio da Alvorada, o presidente Michel Temer (PMDB) decidiu voltar a morar no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da república.

O que teria levado o peemedebista a deixar a residência oficial da presidência da república? Segundo auxiliares de Temer, ele decidiu voltar ao Jaburu “por considerá-lo um ambiente mais aconchegante e com mais cara de casa”. O tamanho do Alvorada, considerado muito grande pelo presidente, também teria pesado em sua decisão.

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Após desembolsar mais de R$ 24 mil com manutenção e reparos no Alvorada, Temer decidiu voltar a morar no Palácio do Jaburu.

Em nota, a assessoria de imprensa de Temer disse que, como todo prédio público tombado, a residência oficial do presidente da República recebe periodicamente serviços de manutenção e reparos. “O último, envolveu pintura geral do prédio, salas, pisos e reparos em armários. O custo foi de R$ 24.015,68”.

E o Jaburu? Está passando por reparos na parte elétrica, de marcenaria e refrigeração. Os gastos, porém, ainda não foram fechados.

Segundo a assessoria do presidente, não houve custos com as mudanças, já que a mobília dos dois palácios não é deslocada. Quem fez as duas mudanças? Servidores da presidência fizeram o transporte de roupas e objetos pessoas.

Após os reparos, o Alvorada passará a ser cenário de reuniões políticas de Temer - como já acontecia antes da curta estadia do presidente na residência.

Mas afinal, quais são as diferenças entre Alvorada e Jaburu? Com três pavimentos - térreo, primeiro andar e subsolo -, o Alvorada conta com um espelho d'água, que reflete a imagem da edificação, complementado com uma escultura em bronze, denominada As Iaras, obra do artista plástico e escultor brasileiro Alfredo Ceschiatti.

Além de um auditório que abriga 30 pessoas, o subsolo do Alvorada possui um salão de jogos, cozinha, despensa, lavanderia e almoxarifado. A administração do Palácio também fica por lá.

No térreo, salões são utilizados por Temer para compromissos oficiais de governo. Quatro suítes e salas íntimas compõem o primeiro andar do Alvorada.

Para receber a família de Temer, o Alvorada recebeu a instalação de telas de proteção na sacada do piso superior. O quarto de Michelzinho, filho do presidente, fica no primeiro andar. Durante os reparos, as cores internas do Alvorada passaram a ser mais sóbrias, como branco, bege e azul.

Por dentro, o Alvorada conta com uma escada sem corrimões, o que seria considerado um perigo constante para o agitado caçula de Temer.

Diferentemente do Alvorada, o Jaburu foi construído para ser usado apenas como moradia. Com varandas generosas, o Palácio conta com um jardim projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx. Também teria contribuído para que Temer voltasse ao Jaburu o fato de a residência ser térrea.

Além de diversas árvores típicas do cerrado original, a área externa do Jaburu conta com fruteiras e plantas ornamentais.

Se não estava seguro de que a mudança era a melhor opção, por que Temer se mudou? Auxiliares do Planalto afirmam que o presidente se sentiu pressionado por aliados, que “lhe diziam que se mudar para o Alvorada atribuiria legitimidade ao seu mandato como presidente”.

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