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Alunos protestam em SP contra cortes no passe livre estudantil

A redução das cotas gratuitas de passagem para estudantes foi publicada no último sábado (8) no Diário Oficial da Cidade de São Paulo

Passe livre: as cotas gratuitas de passagens passaram a ter um limite de 48 por mês (Fabio Arantes/SECOM/Divulgação)

Passe livre: as cotas gratuitas de passagens passaram a ter um limite de 48 por mês (Fabio Arantes/SECOM/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 18 de julho de 2017 às 19h47.

Estudantes voltaram a protestar hoje (18), na capital paulista, contra a redução das cotas gratuitas de passagem para alunos no sistema público de transporte coletivo da cidade.

As mudanças foram anunciadas no último dia 8 pela prefeitura.

Duas manifestações ocorriam, às 18h30, em pontos distintos da Avenida Paulista: uma no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), com a participação de entidades estudantis, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes); e outra na Praça Ciclista, com alunos secundaristas organizados autonomamente.

As mudanças no passe livre estudantil foram publicadas no último sábado (8) no Diário Oficial da Cidade de São Paulo.

Originalmente, a gratuidade, regulamentada em 2015, previa uma cota igual ao número de dias letivos nas instituições de ensino - normalmente 24 por mês -, além de passagens destinadas à realização de atividades extracurriculares.

Cada cota gratuita tinha limite de oito embarques por dia, a serem realizados no período de 24 horas.

Com as mudanças implementadas no último sábado, as cotas gratuitas de passagens passaram a ter um limite de 48 por mês, e com uso restrito a um período de apenas duas horas cada uma, contadas a partir do registro da primeira utilização.

Na prática, o aluno poderá usar uma cota para ir à escola - com possibilidade de usar quatro ônibus diferentes - e uma para voltar para casa.

Segundo a prefeitura, a medida foi tomada para que as passagens gratuitas contemplem "a real necessidade de deslocamentos vinculados à atividade escolar", segundo o texto publicado no Diário Oficial.

"A prefeitura acha que o passe livre tem que servir só para a gente ir e voltar da escola. Mas o passe livre, além de ser uma política de assistência estudantil, é uma política de acesso à cidade, para a gente poder ir aos museus, para a gente colar [ir] no [parque] Ibirapuera, para fazer um trabalho. Usar o passe livre para a gente, de fato, poder acessar a nossa cidade", defendeu Matheus Doná, membro da Upes.

A prefeitura foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre os protestos de hoje.

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