São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que o crescimento de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, anunciado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reflete a capacidade produtiva do País. Segundo ele, o resultado “mostra o potencial da economia e a nossa capacidade de crescer cada vez mais”.

Mantega afirmou que a taxa de crescimento do ano passado estava “bem dentro” das previsões do governo e destacou que o resultado foi a maior expansão do PIB desde 1986. Para o PIB per capita (por pessoa), foi o melhor resultado desde 1980. “Há muito tempo a população brasileira não tinha uma expansão tão grande do PIB” acrescentou.

O ministro também destacou a expansão de 10,1% do PIB industrial em 2010. “Não dá para falar em desindustrialização”, afirmou. Mantega afirmou que a expansão de 21,8% no ano passado da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que corresponde aos investimentos, possibilitará ao País continuar seu crescimento sem a formação de gargalos. “O crescimento do investimento foi três vezes maior que o do PIB. Estamos crescendo, aumentando a produtividade da economia brasileira. Novos equipamentos estão sendo implantados, o que nos habilita a continuar o crescimento nos próximos anos, afastando problemas de desabastecimento e inflação”, completou.

Importações

O ministro afirmou que o Brasil ajudou outros países a saírem da crise financeira por meio do aumento das suas importações. Ele destacou que as compras internacionais subiram 36,2% em 2010, ante uma alta de 11,5% nas exportações. Segundo Mantega, essa disparidade reduziu o superávit comercial do Brasil.

“Como o Brasil cresceu acima da média dos outros países, importou mais. Por isso, o Brasil ajudou os outros países a saírem da crise”, disse. O ministro afirmou que o mercado interno robusto dá dinamismo à economia brasileira. Ele destacou também que o crescimento recorde de 2010 foi acompanhado de crescimento recorde do emprego. Segundo ele, o Brasil teve o quinto maior crescimento entre os países do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo), atrás de China, Índia, Argentina e Turquia.