Brasil

Alta de juros na China serve de alerta para emergentes

No Brasil, o Banco Central já alertou que deve subir os juros em breve

Compras em supermercado chinês: risco de excesso de aquecimento e de aumento da inflação (GUANG NIU/Getty Images)

Compras em supermercado chinês: risco de excesso de aquecimento e de aumento da inflação (GUANG NIU/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2010 às 07h06.

São Paulo - Nos últimos dias, vários países emergentes tomaram medidas para limitar o consumo e conter a inflação, incluindo Brasil, Rússia e China. Em pleno Natal, a China subiu a taxa de juros. Ontem, o banco central chinês soltou dois comunicados alertando para os riscos do excesso de liquidez na economia e da alta de preços. Também no fim de semana, a Rússia aumentou os juros de depósitos bancários para conter a inflação. E, no Brasil, o Banco Central já alertou que deve subir os juros em breve.

As medidas têm um contexto em comum: os mercados emergentes estão em plena expansão e correm o risco de excesso de aquecimento e de aumento da inflação. A forte alta dos preços das commodities (matérias-primas) acenderam o alerta mundial de uma nova crise de alimentos, como a de 2007.

O cenário não é dramático como o de 2007, mas preocupa os especialistas pela situação da economia mundial. Na Europa, uma série de medidas de corte de gastos e de austeridade entra em vigor a partir do dia 1º de janeiro. A meta é reduzir déficits que colocam em risco o euro. Mas o impacto será uma redução na taxa de crescimento, de 1,7% em 2010 na zona do euro para 1,5% em 2011. O desemprego também não deve cair e a tensão deve aumentar.

Nos EUA, a projeção é de um crescimento de 3%. Mas sem a geração de postos de trabalho e, portanto, com um crescimento do consumo limitado. O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) avalia que a deflação seja uma ameaça mais real ao país que a inflação. No Japão e na Irlanda, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma deflação.

Nos países emergentes, a situação é bem diferente. O FMI estima que esses mercados terão um crescimento de 6,4%, em média, em 2011, quase três vezes a média dos ricos. A expansão não vem sem riscos. Para o banco Goldman Sachs, China, Índia e Brasil terão inflação acima de 5% em 2011, mesmo elevando juros e limitando o consumo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaÁsiaChinaDados de BrasilInflaçãoPaíses emergentesPolítica monetária

Mais de Brasil

Dino convoca para fevereiro audiência com nova cúpula do Congresso para discutir emendas

Em decisão sobre emendas, Dino cita malas de dinheiro apreendidas em aviões e jogadas por janelas

Flávio Dino decide suspender pagamentos de emendas e manda PF investigar liberação de verbas

Rodízio de veículos em SP está suspenso a partir desta segunda, 23