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Alimentos manterão pressão no varejo no fim de ano, diz FGV

Em novembro, a alimentação no domicílio subiu 0,67%, mais do que a taxa de 0,38% do mês anterior, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

Alimentos: segundo FGV, batata inglesa subiu 58,80% e frutas ficaram 1,33% mais caras (Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2014 às 14h35.

Rio - Os preços de alimentos no varejo devem continuar pressionados nas próximas semanas, com a transmissão dos aumentos no atacado em função do tempo seco ao longo do mês de outubro, disse nesta sexta-feira, 5, o superintendente adjunto de inflação da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros.

Em novembro, a alimentação no domicílio subiu 0,67%, mais do que a taxa de 0,38% do mês anterior, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) captado no âmbito do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI).

Segundo a FGV, a batata inglesa subiu 58,80% e as frutas ficaram 1,33% mais caras, enquanto a cebola parou de cair.

Como os preços dos produtos in natura reagem muito rapidamente ao clima, Quadros estima que esses produtos oscilem bastante nas próximas semanas.

Além disso, a carne bovina também acelerou bastante no varejo, com aumento de 3,05%. A alta reflete o comportamento dos preços do atacado.

Por outro lado, os derivados de leite têm dado alívio ao bolso dos consumidores.

"A seca afeta mais a pecuária de corte. Essa não é a época de entressafra de leite", explicou Quadros. Com isso, o leite longa vida ficou 5,48% mais barato no mês passado.

"Haverá uma troca entre produtos que sobem e outros que desaceleram", disse.

Derivados do trigo também seguem repercutindo a queda do preço do grão no atacado nos últimos meses.

Massas, farinhas, panificados e biscoitos tiveram redução em novembro, e o pão francês ficou 0,45% mais barato, segundo a FGV.

Esses itens, contudo, devem acelerar nas próximas semanas. "Depois de seis meses de queda, o trigo começou a subir (no atacado)", disse o superintendente.

Administrados

No IPC de novembro, ainda foram incorporados aumentos nas tarifas de energia elétrica e dos combustíveis, ambos praticados a partir do dia 7 do mês passado.

No caso da energia, a alta de 3,73% foi impulsionada pelo reajuste da Light, uma das distribuidoras do Rio de Janeiro, e por aumentos de impostos em outras cidades.

Nos combustíveis, a gasolina teve aumento de 1,9% nas bombas - os postos são livres para repassarem os reajustes na refinaria, conforme a concorrência.

"Mas esses impactos serão menores no próximo mês, pois quase 80% disso já foi incorporado", disse Quadros.

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Rio - Os preços de alimentos no varejo devem continuar pressionados nas próximas semanas, com a transmissão dos aumentos no atacado em função do tempo seco ao longo do mês de outubro, disse nesta sexta-feira, 5, o superintendente adjunto de inflação da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros.

Em novembro, a alimentação no domicílio subiu 0,67%, mais do que a taxa de 0,38% do mês anterior, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) captado no âmbito do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI).

Segundo a FGV, a batata inglesa subiu 58,80% e as frutas ficaram 1,33% mais caras, enquanto a cebola parou de cair.

Como os preços dos produtos in natura reagem muito rapidamente ao clima, Quadros estima que esses produtos oscilem bastante nas próximas semanas.

Além disso, a carne bovina também acelerou bastante no varejo, com aumento de 3,05%. A alta reflete o comportamento dos preços do atacado.

Por outro lado, os derivados de leite têm dado alívio ao bolso dos consumidores.

"A seca afeta mais a pecuária de corte. Essa não é a época de entressafra de leite", explicou Quadros. Com isso, o leite longa vida ficou 5,48% mais barato no mês passado.

"Haverá uma troca entre produtos que sobem e outros que desaceleram", disse.

Derivados do trigo também seguem repercutindo a queda do preço do grão no atacado nos últimos meses.

Massas, farinhas, panificados e biscoitos tiveram redução em novembro, e o pão francês ficou 0,45% mais barato, segundo a FGV.

Esses itens, contudo, devem acelerar nas próximas semanas. "Depois de seis meses de queda, o trigo começou a subir (no atacado)", disse o superintendente.

Administrados

No IPC de novembro, ainda foram incorporados aumentos nas tarifas de energia elétrica e dos combustíveis, ambos praticados a partir do dia 7 do mês passado.

No caso da energia, a alta de 3,73% foi impulsionada pelo reajuste da Light, uma das distribuidoras do Rio de Janeiro, e por aumentos de impostos em outras cidades.

Nos combustíveis, a gasolina teve aumento de 1,9% nas bombas - os postos são livres para repassarem os reajustes na refinaria, conforme a concorrência.

"Mas esses impactos serão menores no próximo mês, pois quase 80% disso já foi incorporado", disse Quadros.

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