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Aliados apostam em parecer mais brando para salvar Cunha

A ideia de membros da chamada "tropa de choque" de Cunha é apresentar um parecer em separado propondo a suspensão do mandato do parlamentar entre 60 e 90 dias

Cunha: o parecer já está sendo elaborado e deve ser apresentado por algum deputado do PR (Adriano Machado/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2016 às 18h00.

Brasília - Aliados do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apostam na apresentação de um parecer em separado pedindo uma pena mais branda, para tentar salvar o peemedebista da cassação no Conselho de Ética.

O parecer já está sendo elaborado e deve ser apresentado por algum deputado do PR.

A ideia de membros da chamada "tropa de choque" de Cunha é apresentar um parecer em separado propondo a suspensão do mandato do parlamentar entre 60 e 90 dias - pena mais leve do que a pedida pelo relator do caso no Conselho de Ética, deputado Marcos Rogério (DEM-RO). Em seu parecer, Rogério pede a cassação do peemedebista.

A estratégia de aliados de Cunha é usar o parecer em separado como um "aceno", para tentar convencer integrantes do Conselho que estão dispostos a votar pela cassação a mudarem de voto.

O principal objetivo é atrair a deputada Tia Eron (PRB-BA), cujo voto é considerado decisivo para livrar o presidente afastado da cassação.

O parecer só poderá ser usado inicialmente como "aceno", pois, para poder apresentar o voto em separado, aliados de Cunha terão primeiro de derrotar o parecer de Marcos Rogério.

Ou seja, a ideia é tentar convencer deputados a votarem contra o parecer que pede a cassação, com a promessa do voto em separado pedindo uma pena mais branda.

"Tem que sentir o Conselho de Ética para ver o que é possível", afirma o deputado Carlos Marun (PMDB-MT), membro da "tropa de choque" de Cunha e suplente do Conselho de Ética.

Na avaliação dele, o presidente afastado apenas "omitiu" sobre contas secretas no exterior durante a CPI da Petrobras em 2015, e não "mentiu", como é acusado.

De acordo com Marun, Cunha deveria ter mencionado que era beneficiário de "trustes", entidades que gerem patrimônio de terceiros.

Para o deputado, trustes não são contas bancárias - interpretação diferente de alguns juristas e do relator do caso do presidente afastado no Conselho de Ética.

O parecer em separado deve ser apresentado por um deputado do PR, provavelmente o deputado Wellington Roberto (PR), porque o partido não faz parte do mesmo bloco partidário a que Cunha pertence.

O parecer já está sendo elaborado e pode ser apresentado já nesta terça-feira, 7, após a votação do parecer de Marcos Rogério.

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O parecer já está sendo elaborado e deve ser apresentado por algum deputado do PR.

A ideia de membros da chamada "tropa de choque" de Cunha é apresentar um parecer em separado propondo a suspensão do mandato do parlamentar entre 60 e 90 dias - pena mais leve do que a pedida pelo relator do caso no Conselho de Ética, deputado Marcos Rogério (DEM-RO). Em seu parecer, Rogério pede a cassação do peemedebista.

A estratégia de aliados de Cunha é usar o parecer em separado como um "aceno", para tentar convencer integrantes do Conselho que estão dispostos a votar pela cassação a mudarem de voto.

O principal objetivo é atrair a deputada Tia Eron (PRB-BA), cujo voto é considerado decisivo para livrar o presidente afastado da cassação.

O parecer só poderá ser usado inicialmente como "aceno", pois, para poder apresentar o voto em separado, aliados de Cunha terão primeiro de derrotar o parecer de Marcos Rogério.

Ou seja, a ideia é tentar convencer deputados a votarem contra o parecer que pede a cassação, com a promessa do voto em separado pedindo uma pena mais branda.

"Tem que sentir o Conselho de Ética para ver o que é possível", afirma o deputado Carlos Marun (PMDB-MT), membro da "tropa de choque" de Cunha e suplente do Conselho de Ética.

Na avaliação dele, o presidente afastado apenas "omitiu" sobre contas secretas no exterior durante a CPI da Petrobras em 2015, e não "mentiu", como é acusado.

De acordo com Marun, Cunha deveria ter mencionado que era beneficiário de "trustes", entidades que gerem patrimônio de terceiros.

Para o deputado, trustes não são contas bancárias - interpretação diferente de alguns juristas e do relator do caso do presidente afastado no Conselho de Ética.

O parecer em separado deve ser apresentado por um deputado do PR, provavelmente o deputado Wellington Roberto (PR), porque o partido não faz parte do mesmo bloco partidário a que Cunha pertence.

O parecer já está sendo elaborado e pode ser apresentado já nesta terça-feira, 7, após a votação do parecer de Marcos Rogério.

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