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Alexandre Baldy deve ser o novo ministro das Cidades

O nome de Baldy para Cidades foi definido no sábado, 18, durante reunião entre Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia

Alexandre Baldy (sem-partido-GO): ele deve assumir o Ministério das Cidades (Alex Ferreira/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Alexandre Baldy (sem-partido-GO): ele deve assumir o Ministério das Cidades (Alex Ferreira/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de novembro de 2017 às 10h06.

Última atualização em 20 de novembro de 2017 às 10h12.

Brasília - O deputado federal Alexandre Baldy (GO) deve ser anunciado nos próximos dias como novo ministro das Cidades, em substituição a Bruno Araújo. A informação foi confirmada pela Agência Estado por pelo menos três fontes, entre elas um auxiliar do presidente Michel Temer.

Para assumir o cargo, Baldy se filiará ao PP, partido com a quarta maior bancada da Câmara e que pressiona Temer por mais espaço no governo. O parlamentar, que tem 37 anos, era filiado ao Podemos, mas já tinha decidido deixar o partido, após ser destituído da liderança da legenda na Casa, em agosto deste ano.

O nome de Baldy para Cidades foi definido no sábado, 18, durante reunião entre Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O parlamentar fluminense foi um dos principais articuladores da nomeação de Baldy, que está no primeiro mandato como deputado federal. O futuro ministro das Cidades é um dos aliados mais próximos de Maia na Casa.

A nomeação agrada aos principais partidos do Centrão, grupo do qual o PP faz parte, além de PR, PSD e PRB. "É um nome que agrada a todo mundo", afirmou o líder do PR na Câmara, deputado José Rocha (BA). "É um parlamentar querido", declarou o deputado Marcos Montes (MG), líder do PSD na Casa.

O comando do Ministério das Cidades está vago desde a última segunda-feira, 13, após o então titular da Pasta, o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), pedir demissão. Ao deixar o cargo, o tucano alegou não possui mais apoio interno no PSDB para permanecer no cargo. O PSDB já anunciou que vai desembarcar do governo Temer até dezembro.

Outras legendas da base também cobiçavam o controle de Cidades, entre elas, PMDB, PSD e DEM. Apesar de possuir apenas o 11º orçamento da Esplanada (R$ 10,1 bilhões), a Pasta é cobiçada porque comanda programas com impacto direto nas bases eleitorais, como construção de moradias, redes de esgoto e transportes urbanos.

Para resolver a disputa, Temer deve dividir o controle do Ministério. Pela negociação, não haverá "porteira fechada", que, no jargão político, significa distribuição de todos os cargos de um Ministério para um só partido. A ideia é dividir os cargos de ministro e o comando das secretarias de Habitação e Saneamento, as principais da Pasta.

A saída de Araújo levou Temer a antecipar a reforma ministerial que só pretendia fazer no início do próximo ano. Inicialmente, Temer queria fazer um reforma ampla, obrigando todos ministros que serão candidatos em 2018 a já entregarem os cargos em dezembro. Após resistência da base aliada, contudo, deve fazer uma reforma pontual.

Além de Cidades, Temer deve anunciar nos próximos dias o novo ministro da Secretaria de Governo. O cargo é ocupado atualmente pelo deputado licenciado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que pode ser realocado para outra Pasta. O nome mais cotado para substituir o tucano é o ex-deputado João Henrique Souza (PMDB-PI).

Baldy (sem partido-GO) participou de reunião na tarde deste domingo entre o presidente Michel Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).  Além dele, os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) também participam do encontro neste domingo na residência oficial da Câmara, em que se discute a reforma ministerial.

Secretaria de Governo

Segundo auxiliares, Temer já decidiu trocar o atual titular da Secretaria de Governo, o deputado licenciado Antonio Imbassahy (PSDB-BA). O futuro dele, porém, ainda é incerto. O tucano pode ser realocado para o Ministério da Transparência ou Direitos Humanos.

Como adiantou o Broadcast Político, a bancada do PMDB de Minas Gerais quer emplacar o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) como substituto de Imbasshy. O nome foi levado a Temer na semana passada pelo 1º vice-presidente da Câmara e coordenador da bancada mineira, Fábio Ramalho (PMDB-MG).

"A bancada de Minas sugeriu o nome do Mauro Lopes. Levei ao presidente e ele viu com bons olhos", afirmou Ramalho ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. O peemedebista se reuniu com Temer na última terça-feira, um dia após o presidente anunciar que estava articulando uma reforma ministerial.

Segundo Ramalho, Lopes se comprometeu a não ser candidato em 2018, caso seja escolhido ministro. O deputado está no sexto mandato consecutivo na Casa atualmente. Ele já foi ministro da Secretaria da Aviação Civil (SAC) por um mês em 2016 e deixou o cargo na véspera do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Além de Lopes, outro nome cotado para assumir a Secretaria de Governo é o ex-deputado João Henrique Sousa (PMDB-PI). Desde que Temer assumiu o governo, Sousa preside o Conselho Nacional do SESI. No governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Sousa foi ministro dos Transportes.

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