Alexandre autoriza PF a abrir celulares de acusados por atos antidemocráticos
O ministro do STF apontou que os elementos de prova colhidos até o momento nas investigações sobre o 8 de janeiro "revelam fortes indícios de prática de delitos por pessoas presas em flagrante nos atos"
Agência de notícias
Publicado em 16 de maio de 2023 às 12h42.
Última atualização em 16 de maio de 2023 às 12h56.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a Polícia Federal a acessar e extrair informações dos celulares apreendidos com extremistas presos em flagrante na esteira do quebra-quebra do 8 de janeiro. Segundo o ministro, as informações têm 'inequívoca relevância' não só para instrução das 795 ações penais abertas contra executores e incitadores da ofensiva democrática, mas também para abastecer as investigações sobre 'autoridades omissas' e financiadores do levante radical.
Em despacho assinado nesta segunda-feira, 15, o ministro do STF apontou que os elementos de prova colhidos até o momento nas investigações sobre o 8 de janeiro 'revelam fortes indícios de prática de delitos por pessoas presas em flagrante nos atos, sendo indispensável a obtenção dos dados telemáticos para a completa elucidação dos fatos, sobretudo para evitar o desaparecimento de provas e possibilitar a continuidade da investigação em curso'.
- Hapvida (HAPV3) vende São Francisco Resgate por R$ 150 milhões
- Filho do fundador da Vivara (VIVA3) já vendeu mais 60% de sua participação
- Tarifas dos aeroportos de Galeão e Confins são reajustadas; confira os valores
- Jogadores do Nantes e Toulouse se recusam a entrar em campo por causa de campanha contra a homofobia
- Americanas inicia processo de prospecção para venda de fatia na Uni.co
- BCE: temos mais 'terreno a cobrir' no combate à inflação, afirma Lagarde
Além disso, segundo Alexandre, o acesso a dados armazenados na 'nuvem' dos aparelhos pode esclarecer as circunstâncias envolvendo 'as ações dos presos e denunciados como forma de estimular e fomentar o 8 de janeiro para atentar contra o abolirem o Estado Democrático de Direito'.
Pedido da Polícia Federal
A decisão atende a um pedido da Polícia Federal. A corporação sustentou que a extração dos dados dos aparelhos celulares apreendidos com os golpistas serviria para a colheita de informações com o potencial de instruir as ações penais abertas no STF sobre os atos de 8 de janeiro. Até o momento, 795 radicais, entre executores e incitadores, figuram como réus pela ofensiva antidemocrática.
Para os investigadores, os dados podem 'corroborar a vinculação dos proprietários' dos aparelhos aos fatos ocorridos em 8 de janeiro. Além disso, as informações também poderão trazer provas para abastecer os inquéritos sobre financiadores dos atos radicais e 'autoridades omissas' ante o levante.