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Alckmin vai aumentar 'Bolsa Família paulista'

Proposta faz parte da promessa do governador de dar maior atenção à área social, que em 2010 teve investimento de 500 milhões de reais

Geraldo Alckmin se compromete com avanços na área social (Divulgação)

Geraldo Alckmin se compromete com avanços na área social (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2011 às 13h39.

São Paulo - A proposta do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de dar maior atenção à área social, anunciada ontem em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, tem contornos definidos e já começou a sair do papel.

Os quatro pontos básicos são a unificação dos principais programas na Secretaria de Desenvolvimento Social, a rápida expansão do número de beneficiados, a busca de parcerias com o governo federal e o fortalecimento de programas que abram portas de saída para as famílias.

"Não podemos deixar que se estabeleça uma relação de eterna dependência entre o poder público e as famílias mais pobres", explicou o secretário Paulo Alexandre Barbosa, numa tentativa de diferenciar a proposta tucana da existente na esfera federal, criticada por alguns setores porque não ofereceria portas de saída dos programas. "Qualificar as pessoas para o trabalho será uma atividade fundamental."

As metas de ampliação do número de beneficiados dão uma ideia de como o governo pretende atuar. O Programa Ação Jovem, que hoje atende 91 mil jovens entre 15 e 24 anos, deve chegar ao fim de 2011 com 200 mil atendidos - um salto de quase 120%. Em valores atuais, cada um deles receberá R$ 80 mensais, em seu próprio nome, por um período de até três anos. O Programa Renda Cidadã, que foi criado na primeira gestão de Alckmin e garante R$ 80 mensais a famílias com renda per capita de até meio salário mínimo, será expandido. Segundo o secretário, passará de 133 mil famílias para 185 mil até dezembro.

O governo não sabe quanto sairá do Tesouro para esses programas. Segundo o secretário, a proposta é estabelecer metas e depois procurar recursos, especialmente por meio de suplementações orçamentárias. Em 2010, os gastos na área social atingiram cerca de R$ 500 milhões.

Parcerias - Na quarta-feira, o secretário vai a Brasília encontrar a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. "Queremos ter boas parcerias", afirmou. Para Barbosa - ex-secretário adjunto de Gabriel Chalita na Educação e próximo do movimento católico Renovação Carismática -, é possível unir petistas e tucanos em ações sociais. "A prioridade dada pela presidente Dilma Rousseff ao combate à miséria é a mesma do governador Alckmin. Erradicar a miséria não é uma bandeira partidária, mas uma tarefa de toda a sociedade." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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