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Alckmin: SP deve ter piso salarial acima de R$ 600

Hoje, mínimo paulista varia entre R$ 560 e R$ 580

Geraldo Alckmin, governador paulista: piso salarial no estado pode ir a R$ 640 (AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2011 às 13h16.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, adiantou hoje (13) que o piso salarial no estado deve superar R$ 600. O valor havia sido proposto pelo então candidato à Presidência do PSDB, José Serra, para o salário mínimo nacional. Ele reuniu-se durante a manhã com representantes de sete centrais sindicais do país para discutir diversos assuntos relacionados ao estado e, principalmente, um reajuste para piso salarial paulista.

“Deve ser maior que os dois”, disse Alckmin, sobre a proposta de Serra e a medida provisória enviada pelo governo federal para o Congresso que estipula o novo mínimo nacional em R$ 540.

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O piso salarial de São Paulo atualmente varia entre R$ 560 e R$ 580 dependendo da categoria do trabalhador. Segundo os representantes das centrais sindicais, caso o governo paulista aplique a esses valores um reajuste de 13,4% referentes à inflação e o crescimento do país em 2010, a menor faixa do piso paulista passaria para R$ 640. “Seria um bom piso”, afirmou o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto.

Neto disse ainda que as centrais pediram ao governador que antecipe gradualmente o mês de reajuste do piso paulista até janeiro. Alckmin disse que o piso, criado em agosto de 2007, deve ser reajustado nos meses de março e abril. Porém, concordou em fazer com que, progressivamente, o piso paulista suba no início do ano, quando também aumenta o mínimo nacional.

O governador ainda anunciou que o estado de São Paulo deve ganhar um conselho de desenvolvimento econômico nos moldes do existente no governo federal. Nesse conselho, governo, empresas e trabalhadores poderão discutir em conjunto projetos para o estado.

Neto aprovou a iniciativa do governo e afirmou que as centrais querem manter um diálogo constante com a equipe de Alckmin. Sobre a receptividade dos governantes com as centrais, ele ainda criticou a presidenta Dilma Rousseff, que ainda não recebeu os sindicalistas para discutir um possível novo reajuste para o salário mínimo nacional. “As centrais apoiaram a candidatura da Dilma”, afirmou Neto. “Não dá mais para esperar. Nós queremos conversar também.”

Na terça-feira (11), seis centrais sindicais enviaram à presidenta um pedido de audiência urgente para discutir um aumento para o salário mínimo. A audiência ainda não ocorreu.

Assinaram o pedido, além da CGTB, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Nova Central, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Hoje, na reunião com o governador, além das seis centrais, esteve a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas).

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