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Alckmin e Ciro tentam sprint final no berço lulista, o Nordeste

A região que tradicionalmente mais dá votos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é alvo preferencial de vários candidatos a 15 dias das eleições

ALCKMIN EM EVENTO DA VEJA: reconhecimento de que Haddad já está no segundo turno / Alexandre Schneider/VEJA
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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2018 às 06h40.

Última atualização em 20 de setembro de 2018 às 07h06.

Em uma declaração rara para um político em campanha, o tucano Geraldo Alckmin afirmou, nesta quarta-feira, que disputa não duas, mas apenas uma vaga em aberto no segundo turno. Em evento da revista VEJA, reconheceu que o petista Fernando Haddad já está lá. Uma nova rodada do Datafolha , divulgada ontem, mostrou que a disputa segue em aberto, com 28% para Jair Bolsonaro (PSL) e uma corrida pelo segundo lugar entre Haddad (16%), Ciro Gomes (PDT), com 13%, Alckmin, com 9%, e Marina Silva (Rede), com 7%.

Mais do que um reconhecimento de derrota, a declaração de Alckmin é um reforço de sua estratégia: desidratar a candidatura até aqui inabalável de Bolsonaro. O apelo tucano é para que o eleitor anti-PT deixe extremismos de lado e aposte no voto útil em um candidato com mais chances de derrotar Haddad no segundo turno. Para isso, o tucano desembarca, nesta quinta-feira, na região onde tem mais dificuldade de atração de votos, o Nordeste.

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Na região, tem 7% das intenções de voto, ante 10% no Sudeste. O ex-governador de São Paulo deve participar de um comício no fim de tarde no Pelourinho, em Salvador, antes de embarcar para Recife e Maceió, na sexta-feira.

A região que tradicionalmente mais dá votos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é alvo preferencial de vários candidatos a 15 dias das eleições. Os principais destinatários dos votos de Lula visitam a região no fim de semana: Haddad e Ciro. Haddad irá a Pernambuco e à Bahia, enquanto Ciro se concentrará na Bahia. João Amoêdo (Novo) começou sua viagem à região por Natal, na quarta-feira.

O Datafolha de ontem deu novas esperanças à campanha de Ciro Gomes. O Ibope do início da semana havia colocado Haddad disparado em segundo lugar. O Datafolha, por sua vez, confirmou o crescimento do petista, mas mostra os dois candidatos empatados dentro da margem de erro. O pedetista deve enfatizar sua ligação com a região, onde fez toda sua carreira política, e também enfatizará o fato de ser o único que venceria todos os adversários no segundo turno — seria, portanto, uma aposta mais segura na disputa com Bolsonaro.

Haddad, além da benção de Lula, conta com o apoio dos governadores candidatos à reeleição: Paulo Câmara (PSB), em Pernambuco e Rui Costa (PT), na Bahia.

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