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Alckmin diz que não se preocupa com inquérito e defende restrição do foro

Pré-candidato disse concordar com a proposta do ministro Dias Toffoli, do STF, em estender restrição do foro privilegiado

Geraldo Alckmin: "Sou contra essa coisa de privilégio, já prestei contas e se precisar a gente presta de novo, nenhum problema" (Paulo Whitaker/Reuters)

Geraldo Alckmin: "Sou contra essa coisa de privilégio, já prestei contas e se precisar a gente presta de novo, nenhum problema" (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de maio de 2018 às 16h37.

São Paulo - O ex-governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, alegou não se preocupar com o inquérito que o investiga por improbidade administrativa nas relações com a Odebrecht.

Além disso, o tucano defendeu a restrição do foro privilegiado para crimes relacionados ao mandato de todos os cargos públicos.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, solicitou à Promotoria do Patrimônio Público e Social o inquérito que investiga o ex-governador por suspeita de improbidade administrativa nos casos de suposto pagamento ilícito delatados pela Odebrecht e que envolveriam obras públicas nas gestões do tucano.

Smanio requisitou o caso para "avaliar e decidir sobre a atribuição de atuação" e ainda não enviou o inquérito para outra área do Ministério Público.

"Para mim não tem problema, eu nem foro privilegiado tenho", disse o tucano, enquanto visitava a Apas Show, feira do setor supermercadista na capital paulista. "Sou contra essa coisa de privilégio, já prestei contas e se precisar a gente presta de novo, nenhum problema."

Alckmin disse concordar com a proposta do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), em estender a restrição do foro privilegiado para crimes cometidos durante o mandato e em relação às funções desempenhadas no caso de todos os cargos públicos.

"Qual a lógica do foro? Qual razão disso, de ter uma coisa diferente? É para o exercício do mandato", declarou. Para ele, o foro não deve servir para crimes como "atropelar alguém ou dar um tiro". "É para o exercício do mandato, para você não ser pressionado a não exercer seu papel fiscalizador, sua independência."

Apoio

Durante visita na feira, o presidenciável do PSDB recebeu apoio explícito do presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, ex-prefeito de Jaú e filiado ao partido de Alckmin. "É o homem mais preparado para presidir o Brasil e preparar o Brasil para o futuro", declarou, após Alckmin ter chamado os jornalistas para falarem com o dirigente.

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