Alagoas tem carência de 3,4 mil professores
Sem concurso desde 2005, o Estado convive com uma carência de pelo menos 3,4 mil profissionais, segundo sindicato
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2013 às 09h43.
Alagoas - Na recepção do gabinete do secretário de Educação de Alagoas , Adriano Soares da Costa, um painel na parede anuncia a missão do órgão: "garantir a universalização do acesso à Educação de qualidade, a permanência do aluno na escola e o fortalecimento do sistema estadual de educação, de acordo com as políticas nacionais e estaduais".
A pouco mais de 10 metros dali, na Escola Estadual Maria José Loureiro, a realidade é outra. Com 1.050 alunos, a unidade funciona pela manhã e à tarde.
"O turno da noite foi extinto em 2010 por causa da evasão escolar", conta a diretora, Juliana Ferreira de Amorim, Um dos motivos para o sumiço dos alunos, segundo ela, foi a violência.
"A gente tem uma série de dificuldades, que vai da baixa renda das famílias à falta comprometimento de alguns professores", aponta.
Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas, Maria Consuelo Correia, a carência de professores é o maior problema da rede pública estadual.
Sem concurso desde 2005, o Estado convive com uma carência de pelo menos 3,4 mil profissionais, segundo o sindicato. "Somente de 2010 para cá, 3 mil professores se aposentaram", diz ela.
Há pelo menos um ano o governo anuncia a realização de concurso público. Para tentar minimizar o problema, a opção foi contratar cerca de 600 monitores de ensino - 232 deles convocados no dia 10 - que se juntarão aos cerca de 7,7 mil professores da rede estadual.
"O problema é que a maioria ainda é muito verde, não tem experiência ou está ainda cursando a faculdade", reclama Juliana. Apenas na escola que ela dirige, 15 dos 40 professores são monitores.
A situação acaba resvalando nos estudantes. Johnny Robert Tavares de Souza tem 18 anos e ainda cursa o 8.º ano, depois de ser reprovado seis vezes. Ele acha que os professores deveriam incentivar mais os alunos na sala de aula. "Nem todos sabem despertar o interesse da gente."
Ademir Oliveira, técnico da Secretaria de Educação, admite que o trabalho de monitores no lugar de docentes prejudica o ensino, pois a formação é precária e a rotatividade, alta. "Com o concurso, que será até o meio do ano, ações pedagógicas e reforma de prédios esperamos dar o salto que Alagoas deve à população.
Alagoas - Na recepção do gabinete do secretário de Educação de Alagoas , Adriano Soares da Costa, um painel na parede anuncia a missão do órgão: "garantir a universalização do acesso à Educação de qualidade, a permanência do aluno na escola e o fortalecimento do sistema estadual de educação, de acordo com as políticas nacionais e estaduais".
A pouco mais de 10 metros dali, na Escola Estadual Maria José Loureiro, a realidade é outra. Com 1.050 alunos, a unidade funciona pela manhã e à tarde.
"O turno da noite foi extinto em 2010 por causa da evasão escolar", conta a diretora, Juliana Ferreira de Amorim, Um dos motivos para o sumiço dos alunos, segundo ela, foi a violência.
"A gente tem uma série de dificuldades, que vai da baixa renda das famílias à falta comprometimento de alguns professores", aponta.
Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas, Maria Consuelo Correia, a carência de professores é o maior problema da rede pública estadual.
Sem concurso desde 2005, o Estado convive com uma carência de pelo menos 3,4 mil profissionais, segundo o sindicato. "Somente de 2010 para cá, 3 mil professores se aposentaram", diz ela.
Há pelo menos um ano o governo anuncia a realização de concurso público. Para tentar minimizar o problema, a opção foi contratar cerca de 600 monitores de ensino - 232 deles convocados no dia 10 - que se juntarão aos cerca de 7,7 mil professores da rede estadual.
"O problema é que a maioria ainda é muito verde, não tem experiência ou está ainda cursando a faculdade", reclama Juliana. Apenas na escola que ela dirige, 15 dos 40 professores são monitores.
A situação acaba resvalando nos estudantes. Johnny Robert Tavares de Souza tem 18 anos e ainda cursa o 8.º ano, depois de ser reprovado seis vezes. Ele acha que os professores deveriam incentivar mais os alunos na sala de aula. "Nem todos sabem despertar o interesse da gente."
Ademir Oliveira, técnico da Secretaria de Educação, admite que o trabalho de monitores no lugar de docentes prejudica o ensino, pois a formação é precária e a rotatividade, alta. "Com o concurso, que será até o meio do ano, ações pedagógicas e reforma de prédios esperamos dar o salto que Alagoas deve à população.